domingo, 2 de novembro de 2014

Angel of Death - Cap. 6/ A Saudade Chega

Acordei em meio ao branco. Estava tudo muito confuso. Onde eu estava?
-- Que bom que acordou...
Justin estava ao meu lado, e para a minha surpresa, segurava a minha mão.
(Seu Nome): Justin?
Então, lapsos da minha memória voltaram. Eu estava no ginásio, prestes a beijar Justin quando vi o ginásio desabar.
Justin: Eu a trouxe ao hospital quando você desmaiou.
Então agora estava explicado o quarto todo branco. Meu pai entrou de repente pela porta do quarto, com um café em suas mãos.
Edward: Filha!
E me deu um abraço que quase partiu minhas costelas. Ele lançou um olhar a Justin.
Edward: Muito obrigado, Justin. Você pode ir agora.
Justin beijou a minha mão sob o olhar de gavião de meu pai, e depois passou pela porta e saiu.
(Seu Nome): Você não ia chegar só depois de amanhã?
Edward: E eu cheguei. Você dormiu por dois dias.
(seu Nome): Por que durmo tanto quando tenho uma visão?
Edward: Você teve uma visão? Eu imaginei...
(Seu Nome): Sim, eu estava com Justin e... E eu vi o ginásio desabar.
Edward: Estava com Justin no ginásio fazendo o que exatamente?
(Seu Nome): Jogando basquete.
Edward: Você odeia basquete.
(Seu Nome): É melhor que sinuca.
Edward: Melhor que o que?
(Seu Nome): Nada não, pai. Apenas pensei alto.
Então ele me deu um sorriso. Estava tudo bem.


Depois de receber alta, contei toda a história ao meu pai. Claro, ocultei algumas partes, como a parte da sinuca, os pedidos de Justin e nosso quase beijo. A cara do meu pai não foi nada agradável.
Edward: Você tem certeza?
Ele disse, e então seu semblante mostrou que ele estava com dúvida.
(Seu Nome): Sim, pai. Por que tanta dúvida?
Edward: Porque aquele prédio foi projetado para suportar tornados sem desabar.
(Seu Nome): Foi o que eu vi.
Edward: E quanto a esse menino?
(Seu Nome): O que que tem?
Edward: Não me responda com perguntas. – Ele disse, franzindo as sobrancelhas. – Quem é ele?
(Seu Nome): Meu colega da escola.
Edward: Não confio nele.
(Seu Nome): Você nem o conhece.
Edward: Mais um motivo.
Enquanto meu pai desconfiava de minhas visões, Nina nem deu bola à elas. Ela se preocupou mais com a parte de que Justin quase me beijou.
Nina: Eu não acredito! Não tinha uma hora mais certa para essa visão aparecer?
Ela disse, quando estávamos no portão da escola, no outro dia.
Nina: Já sabe o que vai fazer quando ver ele?
(seu Nome): Eu não tenho a mínima ideia.
Nina: Eu imagino a vergonha que você vai ficar. Imagina estar quase beijando um garoto quando começa a ter um piripaque.
(Seu Nome): Nossa, obrigada, Nina.
Nina: De nada, amiga. Só estava preparando você porque ele está vindo para cá.
(seu Nome): O que?
Olhei para trás e ele vinha caminhando em nossa direção. Quando olhei para frente novamente, nem sinal de Nina. Bitch! Eu estava sozinha nessa.
Justin: Você está bem?
Me virei para ele. Tão lindo como sempre.
(Seu Nome): Hãã... Sim. E você?
Justin: Também estou.
Um silêncio constrangedor se formou entre nós.
Justin: Olha... Desculpa ter levado você lá.
(Seu Nome): Oi?
Justin: Ter levado você ao ginásio... eu não sabia que você tinha... problemas...
Ele disse tudo pausadamente e cada palavra dele era uma faca em meu coração. Ele sabia. Ele sabia que eu era um monstro.
(Seu Nome): Que bom que você sabe, só por favor, não conte a ninguém.
Eu disse, com uma raiva saindo não sei de onde.
Justin: Nunca contaria que você tem convulsões.
(Seu Nome): O que disse?
Justin: Seu pai me contou que você tem convulsões. Os médicos confirmaram. Desculpe, eu fui irresponsável.
(seu Nome): Não foi sua culpa.
Justin: Foi sim. Acho melhor eu ir embora.
Eu ponderei. Eu não queria que ele fosse. Mas, ele quase descobriu meu segredo e isso era perigoso. Então, mesmo sem querer eu disse.
(seu Nome): Eu também acho.
Não queria dizer aquilo. Mas tinha que ser feito.
Justin: Toma...
(seu Nome): O que?
Justin: Minha ficha escolar. Aqui tem todas as informações sobre mim que você precisa para seu trabalho de história.
(Seu Nome): Obrigada. Quer que eu faça também?
Justin: Não, eu já terminei meu trabalho.
(Seu Nome): Já? – Eu disse, surpresa, e ele riu.
Justin: Tudo de bom em sua vida.
(seu Nome): Na sua também.
Então ele virou as costas para mim e seguiu seu caminho.
E naquele momento, por alguma razão, eu descobri que sentiria a falta dele.


O sinal soou indicando que já era hora do intervalo. Eu, Nina e Zac nos sentamos perto da fonte que ficava nos jardins da escola. 
Nina: Está com uma carinha triste.
(Seu Nome): Eu? Impressão sua.
Nina: Está sim.
Zac: Que vocês acham de ir para meu treino de basquete hoje?
Dei uma olhada para Nina. Ela entendeu minha apreensão. Os treino de basquete eram no ginásio.
Nina: Acho que nós vamos no banheiro.
Zac revirou os olhos e apontou para seu grupo do time de basquete.
Zac: Vocês estão sempre indo. Vou alí falar com o time e já volto.
Nina e eu seguimos apressadas para o banheiro. Mas no fim, nos encaminhamos para uma das salas de aula que se encontrava vazia.
(seu Nome): E se o ginásio cair hoje?
Eu falei, sem dar tempo para Nina responder alguma coisa.
Nina: (Seu Nome), seu pai disse que o ginásio é impossível de cair.
(Seu Nome): Você também está desconfiando de mim?
Nina: Por favor, (Seu Nome), não é isso.
(Seu Nome): O que é então?
Nina: Sei lá... Vamos juntas?
(Seu Nome): Você que sabe.
E revirei os olhos. Nina sempre me ganhava.


O treino de Zac começava exatamente as 5. Mas eram ainda 4:15 e todos já se encontravam na quadra... Menos Justin.
Nina: Acho que ele não vem.
(seu Nome): Quem?
Nina: Sei que você está esperando por Justin.
(Seu Nome): Não estou não.
Nina: Claro que está. Tá nos seus olhos.
(Seu Nome): Nós brigamos. Não vamos nos ver mais.
Nina: Quantas vezes vocês brigaram somente esse ano? Hãã... Desde o dia que se conheceram, e no entanto, sempre acabam se encontrando.
(Seu Nome): Desta vez vai ser diferente. Ele quase descobriu meu segredo.
Nina deu de ombros. Um apito soou estridentemente. O treinador reuniu o time na quadra, especificando quem jogaria a próxima partida. Justin apareceu já vestido com o uniforme vermelho do time. Passou e me deu uma rápida olhada. O treinador o chamou. Zac estremeceu quando foi eleito (de novo) capitão do time de basquete. Justin estava como reserva. No treino, eles ficaram em times opostos.
O apito soou novamente e eu fechei os olhos esperando o fim, mas a única coisa que senti foi a mão de Nina no meu ombro.
Nina: Está tudo bem, (Seu Nome).

Mas eu sabia, não estava.
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Oooi, desculpa o sumiço, eu não esqueci de vocês. Estou em temporada de provas, por isso o capítulo tão pequeno. Mas semana que vem recompenso vcs com 3 caps big.
Vem surpresa por aí. Não percam. Beijos!

domingo, 12 de outubro de 2014

Angel of Death - Cap. 05/ Caindo

                                  Cap 5- Caindo
Justin: Calma, (seu Nome), sou eu.
(Seu Nome): Amanda quer me pegar.
Justin: Quem é Amanda? Não havia ninguém aqui.
Saí dos braços de Justin. Ele me fitava com uma confusão em seus olhos.
(Seu Nome): Desculpa, eu... O que você está fazendo no banheiro feminino?
Justin: O bar fechou e eu escutei alguém gritando no banheiro.
(Seu Nome): Fechou?
Justin: São onze horas, (Seu Nome). Esperei você no portão, mas você não apareceu.
(Seu Nome): Se o bar está fechado, como você entrou?
Justin: O bar é de amigos meus. Eles vão estudar com a gente amanhã, inclusive.
(Seu Nome): Ah. Então, o que você queria comigo?
Justin: Por que não saímos do banheiro feminino primeiro?
Sorri e ele me levou até a sala de jogos de volta. Realmente estava vazio. Não sei como todas aquelas horas passaram por mim sem eu perceber. Eu estava ficando louca? Justin foi até a mesa de sinuca e pegou dois tacos. Pegou as bolas (não essa, sua mente pervertida, as da mesa de sinuca) e colocou-as sobre a mesa.
(Seu Nome): O que você está fazendo?
Justin: Respondendo suas perguntas.
(Seu Nome): Com sinuca?
Justin: Sim. Você acerta, eu respondo. Você erra, eu peço algo de você.
(Seu Nome): Como o que?
Justin: Jogue para ver.
(Seu Nome): É injusto, eu não sei jogar.
Justin: Então tá. Boa noite, (Seu Nome).
Disse ele, fazendo menção para ir embora. Mas era minha única chance de descobrir algo dele.
(Seu Nome): Tudo bem, vamos jogar.
Ele voltou todo animado.
Justin: Comece.
(Seu Nome): Me explique as regras.
Justin: Sem regras. Você só tem que acertar as bolas na caçapa.
Olhei para a dezena de bola na mesa e foquei na vermelha. Nada feito. Ela bateu na azul e parou longe da caçapa.
(Seu Nome): Ops...
Justin: Vou dar uma chance para você. Minha vez.
Ele bateu na bola que eu tinha errado, e como se ela tivesse um imã, entrou na caçapa.
Justin: Ok. Treino. Agora vai valer.
Me deitei sobre a mesa e pude sentir os olhos de Justin sobre mim. E o leve sorriso que abriu na boca dele também. Mirei a bola amarela, mas assim como a vermelha, ela passou longe da caçapa. Se eu tivesse que ganhar dinheiro como jogadora de sinuca, morreria pobre.
Justin: Hum. – Ele disse, avaliando a situação. – Te desafio a... Soltar o cabelo.
(Seu Nome): Soltar o cabelo?
Justin: Isso.
(Seu Nome): Por que?
Justin: É o trato. Solte o cabelo.
(Seu Nome): Mas ele está todo marcado e...
Justin: Você fica bonita de cabelo solto.
A declaração me pegou de surpresa. Soltei meu cabelo.
Ele deu um sorriso e pareceu ter gostado de me ver assim. Corei ao peso de seus olhos. Ele voltou sua atenção para o jogo. Desta vez foi ele quem se deitou sobre a mesa, e então vi algo reluzir. Uma corrente escorregou para fora da camisa e brilhou sobre a mesa. Pude ler a corrente: JDB-Montreal. Ele percebeu e perdeu sua atenção, errando a bola azul e fazendo que ela passasse longe da caçapa.
(Seu Nome): Parece que eu tenho direito a uma pergunta...
Ele me olhou torto, mas riu. Por um segundo pensei ter visto dúvida nos olhos dele. Com certeza ele não esperava perder aquela tacada.
Justin: Manda...
(Seu Nome): O que significa essa corrente e por que você nunca mostrou ela?
Justin: Uma pergunta, não duas.
(Seu Nome): Tá, o que significa JDB-Montreal.
Justin: As iniciais do meu nome e a cidade de onde eu vim.
(Seu Nome): Então você veio do Canadá?
Ele me olhou desconfiado.
Justin: Isso é outra pergunta.
(Seu Nome): Então tenho que jogar novamente.
Justin: Sim, mas agora é minha vez, meu anjo.
Anjo. A lembrança de Justin com asas e depois caindo me voltou como um raio e me atingiu em cheio.
Ele pegou a bola e a acertou direto na caçapa. Depois me olhou de um jeito que parecia fazer muitas promessas.
Justin: Quero saber se você dorme nua.
(Seu Nome): Como?! – Eu disse, perguntando estarrecida.
Justin: Quero saber se você. Dorme. Nua.
Ele disse, fazendo uma pausa nas últimas palavras. Larguei o taco em cima da mesa. Como ele poderia me fazer uma pergunta dessas?
(seu Nome): Você não pode me perguntar isso.
Justin: Por que não? É o trato, não é? Você perguntou e eu respondi...
(seu Nome): Não quero mais jogar então.
Justin: Podemos mudar de jogo.
(Seu Nome): Podemos?
Justin: É só você me dizer.
(seu Nome): Então sim, mas que jogo?
Justin: Aí é surpresa. Topa ou não?
Ele disse, me estendendo a mão. Eu poderia ficar alí, jogando e tentar descobrir mais alguma coisa. Ou eu poderia ir com ele para um lugar totalmente desconhecido, jogar alguma coisa que provavelmente eu não saberia jogar. Para minha surpresa e a dele, eu peguei a mão de Justin e saímos do bar.

Justin estacionou na frente da escola. Olhei para ele sem entender e ele apenas desceu de seu carro. Eu o segui até o portão. A escola estava com as luzes todas apagadas e era possível escutar o barulho de grilos de tão silencioso que estava sem os alunos.
(seu Nome): Fim da linha?
Justin: Só o começo.
(Seu Nome): Como assim?
Ele nem me respondeu. Apenas subiu o portão e se jogou para o outro lado.
(Seu Nome): Você é louco?
Justin: Louco por quê?
(Seu Nome): Isso é ilegal!
Justin: Não é se não descobrirem...
(Seu Nome): Saia daí!
Justin: Você não vem?
(Seu Nome): Não!
Justin: Tudo bem então. Boa sorte com seu trabalho de história.
Ele disse e virou de costas para mim.
(seu Nome): Espere!
E quando eu dei por mim, eu tinha pulado o portão.


O segui pelas dependências da escola. Estava tão escuro que eu não conseguia ver nada. Mas ele se movia tão rápido e determinado que eu desconfiei que ele já havia feito aquilo antes. Paramos em frente ao galpão que logo depois eu reconheci ser o ginásio da escola. Ele deu um empurrão na porta e ela se abriu. Justin se afastou de mim por alguns segundos e logo depois ele ligou as luzes do ginásio, fazendo meus olhos arderem com a luz.
(Seu Nome): O que estamos fazendo na quadra da escola?
Justin: Viemos jogar.
(seu Nome): O que?
Justin: Basquete.
(Seu Nome): Não sei jogar.
Justin: Eu posso ensinar tudo o que você quiser. – Ele disse, com certa malícia na voz. – Eu já volto.
Ele saiu e foi para uma parte do ginásio que eu não podia ver. Quando ele voltou, quicava uma bola de basquete. Veio em minha direção e quando estava perto do aro, deu um salto e atirou a bola em direção ao cesto, acertando-o de primeira.
(Seu Nome): Nunca vou conseguir fazer isso.
Justin: Quer desistir?
(seu Nome): Não, quero um jogo justo. Por que você que tem que escolher os jogos?
Justin: Hãã... Por que sou eu que vai responder as perguntas?
Bufei e peguei a bola dele, o que o deixou surpreso, mas quando fui tentar uma cesta ele nem alcançou a altura do aro. Justin riu.
(Seu Nome): Do que você está rindo?
Mas ele pareceu não me notar e caiu no chão, com a mão na barriga. Eu estava com tanta raiva dele que parti pra cima dele e comecei a dar taopas na barriga dele. De repente, ele prendeu meus pulsos.
Justin: Menina, nunca mais faça isso.
Justin foi se aproximando lentamente de mim. Sua respiração já se confundia com a minha. Estávamos no ginásio e uma música alta começou a tocar. “we are the champions, my friend...” e então um barulho estranho começou. Abri os olhos. As paredes começaram a ruir. E então elas todas desabaram.
(seu Nome): Não!
Justin: (Seu Nome), o que foi?
Abri os olhos novamente. As paredes ainda estavam lá. O que só poderiam significar uma coisa... Eu tive uma visão. O ginásio iria desabar.

domingo, 28 de setembro de 2014

Angel of Death - Cap. 04/Assombrada


One day when the sky is fallin'
I'll be standing right next to you, right next to you



Um dia, quando o céu estiver desabando


Eu ficarei ao seu lado, ao seu lado
Next to You - Justin Bieber feat Chris Brown



- Quem vai mandar em mim? Um frangote igual a você?
Justin riu-se baixo e seus olhos ardiam feito fogo. 
Justin: Solta ela... Agora!
Tudo aconteceu em poucos segundos. Quando me vi, estava apoiada numa parede, esfregando meus pulsos que ainda doíam, mas agora estavam libertos. Já o cara que havia me atacado, estava sendo derrotado por Justin, que com uma chave de braço o estava fazendo perder a consciência. Quando ele finalmente apagou e Justin olhou pra mim, a única coisa que consegui fazer era chorar.
Justin: Já estou chamando a polícia. - Ele disse, pegando o telefone e discando os números. Ele não demorou pra ser atendido. Indicou onde o bandido estava e o que ele fez comigo.
(Seu Nome): A polícia? - Eu disse, com medo.
Justin: Ele é um fugitivo.
(Seu Nome): Como você sabe?
Justin: Vi no noticiário hoje a tarde.
(Seu Nome): Vou ter que prestar depoimento? Meu pai não vai gostar de saber disso.
Justin: Só se você quiser.
(Seu Nome): Então eu não quero.
Justin: Então podemos ir embora. - Ele disse e se virou na direção contrária, caminhando.
(Seu Nome): Sério que você vai cruzar a cidade toda andando?
Ele riu e fez sinal para que eu o acompanhasse. Ele me levou até um galpão que ficava atrás do bar. O galpão estava cheio de carros esportivos e luxuosos. Ele pegou as chaves e apertou o alarme, e para minha surpresa, eram as caves do carro mais caro daquele local. Todo preto, ele dava inveja em qualquer outro caro que eu já tinha visto.
Justin: Pela sua cara, eu acho que você gostou. Agora vem.
Ele abriu a porta do carro pra mim, mostrando-se solicito. Mais lindo que o carro por fora, só ele por dentro. Nunca tinha visto em minha vida um carro tão tecnológico. Ele deu a partida e em poucos segundos já estávamos em alta velocidade. Ele pegou a rodovia principal de nossa cidade, mas em um ponto mudou a rota.
(Seu Nome): Minha casa fica pro outro lado.
Justin : Eu sei.
(Seu Nome): Sabe?
Justin: Sei muitas coisas sobre você.
Aquilo me pegou de surpresa. Pudera aquele menino, que eu mal conhecia, saber que eu tinha visões? Cheguei a conclusão que não. Se ele soubesse, já teria se afastado de mim.
Ele parou em posto de combustíveis, que ficava perto da escola. Foi quando descemos do carro que eu notei que já era tarde - bem tarde. Ele colocou alguns dólares na bomba e encheu o tanque, depois voltou para o carro.
Justin: Pronto, agora podemos ir para a sua casa.
Ele pegou novamente a estrada principal e dentro de minutos ele parou na frente da porta da minha casa. Ele saiu do carro e abriu a porta pra mim. Então, ele me escoltou até a porta.
(Seu Nome): Muito obrigada por me trazer em casa. E por ter me salvado. Não sei como vou poder agradecê-lo. 
Justin: Pode me agradecer parando de me fazer perguntas.
(Seu Nome): Nada disso, minha nota de história depende disso.
Ele riu-se.
Justin: Então quer dizer que você vai continuar a me seguir?
(Seu Nome): Pode ter certeza disso.
Justin: Eu posso começar a gostar da brincadeira.
(Seu Nome): Eu também.
Justin: Boa noite, (Seu Nome).
(Seu Nome): Boa noite, Justin. 
Ele me estendeu a mão e eu apertei. No mesmo instante, foi como eu tivesse levado um grade choque que tivesse me tirado do chão. Então estava Justin com suas longas asas negras voando. E de repente apareceu o cara que havia me atacado. Fez Justin perder altitude cada vez mais, até perder o controle de suas asas e começar a cair. 
Quando dei por mim, estava na varanda da minha casa novamente. Justin ainda segurava a minha mão, sorrindo. Então eu entendi o que havia acontecido. 
Eu tive uma visão, e apesar de ainda não entender o que ela significava, sabia que era ruim.

Depois de me despedir de Justin, subi as escadas do meu quarto correndo, tentando colocar meu celular a carregar. Mas ele estava tão sem bateria que não ligava de jeito nenhum. Fui tomar um banho, enquanto esperava ele carregar um pouquinho, mas estava com tanto medo que o banho não durou muito. Me enrolei rapidamente na toalha e fui para o meu quarto. As janelas batiam umas nas outras e o barulho do vento era alto. Peguei uma roupa e quando fechei a porta do meu guarda-roupa vi a silhueta de um homem contra a cortina. E então desapareceu. Calma, (Seu Nome), você está assustada, só isso.
Olhei meu celular, e desta vez tinha carga suficiente para fazer uma ligação. Disquei o telefone de Nina tão rapidamente que quando percebi ela já havia atendido.
- Alô?
(Seu Nome): Nina?
- Oi, (Seu Nome)! Está tudo bem? Por que está me ligando a esta hora?
(Seu Nome): Essa hora? Não é nem meia noite ainda!
- Já são 3:15 da manhã!
Olhei para o relógio na parede. Nina estava certa.
- O que está acontecendo, (Seu Nome)?
Está aí uma pergunta que eu não sabia a resposta.

Fui dormir logo após falar com Nina. Bati na cama e só acordei no dia seguinte, perto do meio-dia. Ainda bem que era sábado e não tinha escola. Preparei um cereal e fui comer em frente à TV.
Boa tarde, começa agora o Jornal de Lord Isaac Mills. Meu nome é Beth Green.”
Recebi uma mensagem no celular de Zac. Enquanto isso, o noticiário continuava a dizer notícias.
Zac: “Olá, (Seu Nome). Tudo bem? Hoje vai inaugurar um salão de jogos perto da escola. Vamos? Convidei Nina também.”
Quase na mesma hora, Nina me manda uma mensagem também.
Nina: “Zac me convidou para ir na U2, um salão de jogos perto da escola! Mais um sinal de que ele está afim... O que você acha?”
Mas, em vez de responder, algo no noticiário me chamou a atenção, era uma notícia sobre Amanda.
Ainda segue desaparecida a jovem de 17 anos, Amanda Delost. A polícia reclama pela falta de provas...”
Onde será que andava Amanda? A culpa me consumia porque eu tinha sido a última pessoa a ter visto ela. Mas a única coisa que me lembro era a fumaça... muita fumaça...
Hoje pela manhã foi preso Héctor Horta, o bandido considerado o mais perigoso da região. Ele foi encontrado desmaiado no subúrbio de Lord Isaac Mills. Foi detido no Presídio Central de South Lake, fazendo muitas ameaças a uma pessoa que ele diz tê-lo espancado.
- Eu vou matá-lo! Vou matá-lo”
Meu coração parou. Era o cara de quem Justin tinha me salvado. Pra quem Justin tinha chamado a polícia. E agora ele iria matá-lo.
A boa noticia é que Héctor Hora vai ficar preso por 10 anos...”
Meu coração desacelerou. Respondi as mensagens de Nina e zac, confirmando que iria ao U2. Às oito horas da noite eu já estava pronta.

Zac me buscou e Nina já estava no carro. Animadíssima, falando nisso. Chegamos no salão de jogos U2 e era realmente legal. Um espaço decorado com cores quentes e vibrantes, possuia mesa de pingue-pongue, sinuca, uma caixa de música, e outros jogos, mas também era um bar.
Nina: Uau!
Zac: Vou escolher uma mesa pra gente.
Zac saiu para procurar uma mesa e Nina e eu saímos para ir ao banheiro. Nina estava realmente eufórica.
(Seu Nome): Nina, você está bem?
Nina: Não. Estou nervosa?
(Seu Nome): Com o que?
Nina: Zac! Ele me enlouquece! E aquela revista disse que se ele estivesse afim de mim, ele me convidaria para sair... E ai! – Ela disse dando um grito que eu até achei que ela havia se machucado, mas ela estava apenas nervosa. – Ele disse que quer me contar uma coisa. Será que...
(Seu Nome): Será que o que?
Nina: Será que hoje ele vai dizer se gosta de mim ou não?
(seu Nome): Que tal irmos lá fora pra descobrirmos?
Peguei a mão de Nina e voltamos para a mesa com Zac. Ele deu um enorme sorriso quando nos viu e Nina apertou a minha mão.
Zac: Já estava com saudades de vocês...
Nina: Muita?
Ele deu uma gargalhada.
Zac: Viu que prenderam Héctor Horta esta manhã?
Nina: Eu vi no noticiário. E ele estava ameaçando quem fez isso. Eu tenho pena de quem denunciou ele para a polícia. Aliás, quem fez isso?
(Seu Nome): Eu sei.
Zac: Sabe? – Ele perguntou com os olhos arregalados. Nina cuspiu o refrigerante que bebia.
(Seu Nome): Justin.
Zac: Ora, tinha que ser aquele metidinho...
Nina: Por que você odeia tanto Justin?
Zac: Porque ele é um idiota... E porque ele quer meu lugar no time de basquete e porque...
(Seu Nome): Por que?
Zac: Deixa pra lá...
Nina: Por falar nele...
Quando menos percebi, Justin entrava no bar. Estava acompanhado de dois meninos e os três riam sem parar.
Nina: Huuum, (Seu Nome)...
(Seu Nome): O que foi, Nina?
Nina: Nada.
Mas os olhos de Nina indicavam malícia. Apontei pra Nina a porta perto da gente.
Zac: Sério que vocês vão no banheiro de novo?
(Seu Nome): Já voltamos?
Zac: Bem, vou esperar vocês... Alías, tenho outra escolha?
Ele sorriu e eu revirei os olhos. Nina me segiu até o banheiro sem reclamar.
Nina: O que foi, (Seu Nome)?
(Seu Nome): O que pensa que esta fazendo? “Hmmm”? – Eu disse, imitando a voz dela.
Nina: até parece, (Seu Nome), que você não percebeu que Justin está afim de você.
(Seu Nome): Não está não!
Nina: Está sim, só você que não vê!
(Seu Nome): É? E quem disse isso pra você? Suas revistas femininas? 20 sinais de que Justin está afim de mim?
Nina: Você está sendo injusta comigo, (Seu Nome).
Ela fechou a cara e passou direto por mim, indo se sentar na mesa com Zac. Fui atrás dela, mas ela nem quis falar comigo.
Nina: Zac, pode me levar embora?
Zac: Mas já... O que foi que...
Nina: Nada, estou com dor de cabeça.
Zac: Tá bem, vamos (Seu Nome)?
Sabia que Nina não ia querer eu no carro com ela, não quando ela estava furiosa comigo.
(Seu Nome): Vou ficar mais um pouquinho.
Zac: Ok. – Ele ia saindo com Nina, mas voltou um passo e me encarou, apontando para a mesa. – É de Justin.
Zac revirou os olhos e Nina me deu um sorriso debochado.
Me encontre na porta da frente às onze horas. Eu tenho as respostas que você quer...

Não esqueça: metade da nota de história ;) ”
Olhei aquele bilhete diversas vezes. Será que era mesmo de Justin, ou alguém queria tirar sarro da minha cara? Procurei por Justin no bar mas não o encontrava de jeito nenhum. Fui ao banheiro novamente. Desta vez estava vazio. Então me olhei no espelho... E Amanda se encontrava parada atrás de mim. Esfreguei meus olhos, eu não podia estar certa. E ela não estava mais lá. Eu estava enlouquecendo? Eu só sabia de uma coisa. Eu tinha que sair dali antes que perdesse a cabeça.
(seu Nome), é a Amand....”
Era como se ela estivesse falando na minha cabeça. Me fechei em um dos boxes e as lágrimas começaram a descer. Amanda não estava alí. Amanda estava desaparecida e a esta altura a polícia já desconfiava de que estivesse morta.
Então, de repente, alguém bateu na porta do box onde eu estava... Uma, duas, três vezes.
(Seu Nome): Me deixa em paz, Amanda!
“Eu precis... Ajud... Sua prot...”
(Seu Nome): Sai!
Eu chutei a porta e ela se abriu. Caí nos braços de alguém.
(Seu Nome): Saí, Amanda. Me deixa em paz!
Mas não era Amanda. Era Justin.
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Oie... Desculpem a demora, estava com muitas provas.
Mas aí está mais um capítulo...
Será que Hector vai cumprir as ameaças à Justin? Por que Zac odeia tanto Justin? E essas alucinações de (Seu Nome) com Amanda?
Muhahahaha, só no próximo capítulo: Caindo