domingo, 20 de março de 2016

Magical Moment II Temp. - Cap. 05/ Solitária


Justin: Herdeiro?
(Seu Nome): Sim. Estou esperando um filho seu.
Justin: Mas isso é maravilhoso. - Ele disse e me deu um abraço. - Nós temos que contar pra todo mundo!
Ele me pegou pela mão e nem me deu tempo para protestar, e saiu sorridente me levando para o meio da multidão de novo.
Justin: Pessoal, eu e a Princesa (Seu Nome) temos um comunicado muito importante... - Ele respirou, e uma lágrima caiu dos seus olhos. - O Herdeiro dos Reinos de Brunne e de Bieber está a caminho!
As pessoas a nossa volta bradaram vivas e eu me senti o centro das atenções. Dava pra ver a felicidade nos rostos de Jeremy, Pattie, Caitlin e os demais que estavam alí, mas nenhum brilho era tão intenso quanto o de Justin.
Justin: Hoje eu sou o homem mais feliz do mundo. - Disse e me puxou para um abraço.
Depois de Justin, Cailtin veio até mim.
Cailtin: Como eu estou feliz por você! Que notícia boa!
Ela disse e veio até mim, seguida por Jeremy e Pattie.
Jeremy: Estamos muito felizes com essa notícia. Temos um herdeiro!
Pattie: E eu vou ser avó.
Ela disse com um sorriso no rosto. Ryan, e Chris vieram logo depois e me abraçaram forte. Chaz não veio e eu achei isso muito estranho já que estávamos sempre juntos.
Ryan: Nossos amigos de infância vão ser pais... Estamos ficando velhos!
Nós rimos e eu senti a falta de meu pai nessa hora... Como eu queria que ele soubesse. Coloquei na cabeça que após a festa, eu logo mandaria uma carta pra ele pra avisar das boas novas. Ryan, e Chris deram espaço para Jenn, Richard e Julian passarem. Jenn me deu um longo abraço.
Jenn: Que notícia boa, e bem no dia do meu aniversário! Estou feliz por vocês.
Richard: Eu disse que um herdeiro estava vindo. Que ele fortaleça os reinos e traga a paz que necessitamos.
Richard e Jenn saíram e deram espaço à Julien. Justin apertou meus ombros e saiu com eles, me deixando a sós com Julien.
Julien: Estou feliz por você.
(Seu Nome): Obrigada de coração.
Julien: A tua felicidade é a minha. - Ele disse, beijando a minha mão.
Julien saiu de cabeça baixa. Eu sabia que seria difícil pra ele, ou melhor, já estava sendo.
As demais pessoas também me saudaram. Eu estava realmente muito feliz. Eu já sabia que essa criança seria muito amada tanto por mim quanto por Justin. Eu educaria o futuro Rei ou Rainha de Brunne e de Bieber.
Justin voltou ao meu lado e ainda exibia um sorriso no rosto. Ele estava mesmo radiante.
Justin: Precisamos escolher os nomes...
(Seu Nome): É muito cedo.
Eu disse rindo.
Justin: Muito cedo pra quem? Esperei por isso a minha vida inteira.
(Seu Nome): Ainda temos sete meses pela frente...
Justin: Mas se for menino, se chamará Theo.
(Seu Nome): Você já tem os nomes em mente?
Justin: É claro que sim!
(Seu Nome): E se for menina?
Justin: Deixarei você escolher... O da primeira, pelo menos.
(Seu Nome): Mas quantos você quer ter?
Justin: Muitos. Mas vamos pensar nesse primeiro.
Eu estava feliz em saber que Justin estava feliz. Pattie chegou perto de nós e deu um abraço nele e outro em mim.
Pattie: Posso roubar a Princesa? Acho que agora que está grávida, deve ter mais repouso. Por que não voltar para o quarto?
(Seu Nome): Mas eu nem estou cansada.
Pattie: É só uma recomendação, minha querida. Não se esforce demais.
(Seu Nome): Ok então. Mas vou me despedir dos meus amigos primeiro.
Justin: Eu vou com você.
Nos aproximamos dos nossos amigos, mas assim que chegamos, Chaz saiu. Ele estava nos evitando?
(Seu Nome): Pattie me recomendou que eu descansasse, então eu vou subir para o quarto. Muito bom rever vocês.
Ryan: O prazer é nosso, princesa. Mal podemos esperar pela volta de vocês.
(Seu Nome): Voltaremos logo.
Justin estava se sentindo inquieto também. Isso estava me incomodando.
(Seu Nome): Algo errado, Justin? – Eu sussurrei no ouvido dele.
Justin: Não, minha querida. Vá indo para o quarto e eu a encontrarei.
(Seu Nome): Certo.
Subi para os meus aposentos no Castelo de Julien. Troquei meu vestido luxuoso para um bem mais simples e leve, quase uma camisola. Peguei uma pena e papel e pensei em escrever para o meu pai. Mas não, ia contar a notícia pessoalmente, a uma semana, quando fosse voltar para meu Reino para o casamento de Ryan e Caitlin. Senti muita sede de repente. Isso seria da gravidez, será? Resolvi descer para tomar água. Chamei uma de minhas damas para pegar, mas depois decidi ir eu mesma, seria bom caminhar enquanto estivesse sozinha. Desci as longas escadas do castelo, que davam acesso à enorme cozinha, mas quando estava perto da porta, escutei vozes.
Vozes que eu conhecia.
Justin: Não posso voltar.
Chaz: A responsabilidade é sua.
Justin: Isso não pode estar acontecendo.
Chaz: Uma hora o passado ia voltar pra te fazer uma visita.
Ouvi passos fortes em minha direção. Chaz passou furioso por mim, e quando me viu me fez uma reverência. Fui em direção à Justin que pareceu surpreso por me ver.
Justin: Você aqui?
(Seu Nome): Sim... Estava com sede. Aconteceu alguma coisa? Você tem que voltar pra onde?
Justin: Querem que eu volte para o Reino de Bieber. Há uma iminência de guerra e Chaz, como líder do exército, exige minha presença.
(Seu Nome): Entendi. – Eu disse, com uma pulga atrás da orelha. – Mas o que tem a ver esse negócio de passado voltar para te visitar?
Justin: Somos inimigos antigos, isso que ele quis dizer.
(Seu Nome): Certo. – Passei por Justin e fui pegar a minha água. – Vou subir para o quarto. Você vem comigo?
Justin: Já vou.
Sorri e voltei para o meu quarto. Estava cansada, tinha sido um dia agitado, mas eu estava muito feliz. Um filho! Um filho do homem que eu amo. Quando estava quase pegando no sono, senti a cama afundar e alguém me abraçar.
(Seu Nome): Justin?
Justin: Estou aqui.
Sorri ao sentir a respiração quente dele na minha nuca.
(Seu Nome): Onde você foi? – Eu disse, me virando de frente pra ele.
Justin: Conversar com meus pais. Eles querem que eu vá com eles amanhã.
Fui protestar, mas ele colocou o indicador sobre a minha boca, me interrompendo.
Justin: Só por dois dias. Eu volto.
(Seu Nome): Mas tem que ser agora? Estamos em lua de mel.
Justin: Mas ainda somos príncipes. Temos um país pra cuidar.
Me lembrei das palavras de Pattie, “Como rainha, muitas vezes você vai ter que aceitar coisas que não gosta, pra proteger seu povo”.
(Seu Nome): Tudo bem. Mas só por dois dias.
Ele riu e beijou meu pescoço.
Justin: Dois dias e nada mais.
Me aninhei no peito dele e pude sentir seu cheiro. Era muito bom. Seus braços me rodeavam e eu podia sentir o calor do corpo dele. Não havia melhor lugar para estar aquela hora.

Apesar de ainda estar de olhos fechados, podia sentir que a luz do sol ultrapassava as cortinas e iluminava o quarto. Tateei a cama em busca do Justin, mas não o achei. Senti algo pingar em na minha testa. Levei os dedos e o líquido era viscoso. Sentei na cama e abri os olhos. Me assustei quando eu vi que o líquido era vermelho, vermelho como sangue. Vi que não era somente minha testa que estava ensanguentada. A cama também estava suja. Olhei pra cima e mal pude respirar ao ver o que era.
Havia uma cobra amarrada por um cordão no teto. Morta, com a cabeça cortada, mas ainda ligada ao corpo. Era do corpo da cobra que o sangue corria.

Estava aninhada no peito de Justin, no quarto dele, ainda assustada com o que tinha acontecido de manhã. Havíamos só nós no quarto e desde que ele tinha me buscado no meu quarto, eu estava chorando.
Justin: Fique calma, meu amor, você não pode se estressar, pelo bem do bebê.
(Seu Nome): Por que fizeram isso, Justin? – Eu disse, ainda em lágrimas.
Justin: Querem te assustar, eu acho.
(Seu Nome): Por que eu?
Justin: Porque você concentra poder. Você será a futura Rainha de Brunne, a futura Rainha Consorte de Bieber e a mãe do futuro príncipe ou princesa que herdará os dois reinos. E você sabe...
(Seu Nome): Um rei louco é um rei fraco. – Eu completei a frase dele. – Aliás, onde você estava de manhã?
Justin: Meu pai me chamou, estávamos preparando as carruagens para partimos depois do almoço.
(Seu Nome): Não, Justin. Por favor, olha o que aconteceu comigo hoje. Estou muito assustada. E se...
Justin: E se?
(Seu Nome): E se não foi só pra me botar medo? E se for um aviso?
Justin: Aviso?
(Seu Nome): É, eu não sei. Tem acontecido tanta coisa nos últimos dias que eu nem sei mais... Por favor, Justin, não vá.
Justin: Já te disse que tenho que ir.
(Seu Nome): Você irá, mas passe pelo menos esse dia comigo, eu não queri ficar sozinha. Ou então me leve com você!
Justin: Não dá.
(Seu Nome): Por quê?
Justin: Não há lugar.
(Seu Nome): Posso pedir para Julien uma carruagem emprestada, tenho certeza que ele nos empr...
Justin: Já disse que não. – Ele disse, em um tom ríspido.
(Seu Nome): Ok, tudo bem.
Eu disse, saindo dos braços dele e indo em direção à porta.
(Seu Nome): Nos vemos daqui há dois dias.
Eu disse, fechando a porta atrás de mim, sem nem olhar para trás.


Entrei no primeiro cômodo que pude. Estava em lágrimas. Justin era um idiota. Eu estava grávida, e precisava dele. Eu passara por dias difíceis, precisava dele. Tinha passado por um susto naquela manhã. Eu realmente precisava dele. Sei das nossas responsabilidades, sei que temos deveres perante o povo, mas eu pedira só mais um dia, até que o susto passasse. Será que seria sempre assim? Será que é a isso que se resume ser Rei ou Rainha, passar a vida se abstendo de coisas por causa do poder?
Ganhei poder no dia em que nasci. Para ser rainha, me bastou nascer. Mas será que eu ia conseguir lidar com toda essa possibilidade?
-- Acredito que sim.
Limpei as lágrimas dos meus olhos e pude ver melhor onde eu estava. A voz era conhecida: Julien. Eu estava em uma biblioteca e provavelmente pensando em voz alta.
Julien: Não queria te interromper. Mas aí você começou a soluçar e eu percebi que estava chorando. Está tudo bem?
Julien estava sentado em uma das poltronas vermelhas, mas havia largado o livro verde em cima da mesinha e caminhado até mim.
Julien: Quer conversar?
Ele continuou caminhando em minha direção, já que não teve a resposta. Então sentou ao meu lado e apenas me abraçou.
Julien: É sobre a cobra no seu quarto?
Continuei a não responder.
Julien: Ou é Justin?
As lágrimas voltaram a correr.
Julien: Imaginei. Fiquei sabendo que ele voltará para o Reino de Bieber hoje. – E eu não conseguia conter os soluços. – Não quer falar né? Tudo bem, só eu falo então.
Dei um sorriso pela gentileza de Julien.
Julien: Bem, entendi isso como um sim. Eu acho errado esse negócio do Justin ir embora hoje, depois disso que está passando.
Eu também acho, eu pensei.
Julien: Na verdade eu sinto muito que esteja passando por toda essa coisa aqui no castelo. Quando ofereci, pensei que ia ser bom pra vocês, já que é longe. Mas parece que os deveres de Rei e Rainha e os fantasmas desse castelo não deixaram. Me sinto mal por isso, sabe? Tudo isso aconteceu aqui, no meu castelo e eu nem pude ajudá-la. – Ele parou um pouco, sem graça. – Quero que você seja feliz, (Seu Nome). Agora com essa criança que você está gerando, tenho certeza que será. Isso é só uma má fase. Assim como tantas outras. Você enfrentou Hayley. Enfrentou Selena. Escapou de uma maldição. Você acreditou no amor e agora está vivendo. Só que o amor não é só paixão, não é só abraço, só beijo. Amor também é dor. Quando você ama alguém, você está disposto a sofrer. Amar alguém é estar disposto a perdoar. Amar alguém é colocar a felicidade de outra pessoa acima da sua. E fazemos isso porque no fundo sabemos que vale a pena. Amar é sacrifício. É doar-se a alguém e não saber se vai ser retribuído. Amar e doar-se.
As palavras de Julien mexeram muito comigo. Mas, apesar de saber que ele estava certo, eu ainda estava com raiva.
(Seu Nome): Que lugar é esse? – Eu disse, tentando fugir do assunto amor.
Julien: Minha biblioteca.
(Seu Nome): Não me disse que tinha uma.
Julien: Só eu entro aqui. Eu e moças perdidas.
(Seu Nome): Perdão... Eu não sabia.
Julien: Tudo bem. Pode vir quando quiser. Vem, vou lhe mostrar os livros.
Ele disse se levantando e me dando a mão pra levantar e seguir com ele. Foi me levando pela biblioteca, me explicando as sessões de livros.

Julien: Nesse lado esquerdo temos literatura geral e história mundial. No direito, temos medicina, artes da guerra, e... cozinha. – Ele disse, entre riso.
(Seu Nome): Não sabia que você cozinhava!
Julien: Tenho muitos dotes que você ainda não conhece. – Ele disse e beijou a minha mão.
(Seu Nome): E a estante do meio?
Julien: São livros sobre o Reino de Winterll. História, geografia, cultura, música e lendas.
(Seu Nome): Lendas?
Julien: Isso.
Fui na mesa em que ele largou o livro que estava lendo. “A Maldição da Serpente de Winterll”. Na capa, havia uma serpente igual a que ficara gravado no meu braço, como no dia em que havia visto a morte.
(Seu Nome): Serpente de Winterll? – E então tudo ficou claro pra mim. – Por isso você anda tão afastado. Você vem à biblioteca para ler.
Julien: Não vou mentir. Venho sim. Consulto os livros pra ver se há como lhe ajudar.
(Seu Nome): Eu me sinto muito honrada pelo seu gesto.

Fui deixar o livro na mesinha, e vi pela janela que as carruagens estavam à porta. Justin entrou em uma delas, com um semblante triste. Antes, porém, olhou pra janela em que eu estava. Meu instinto foi fechar as cortinas. Se ele ia me deixar solitária, então não ia sentir falta do meu adeus. Talvez Julien tenha razão. Amor é dor.
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Oi, oi, gente!
Desculpa o sumiço, estou no último ano da faculdade e trabalho, então é tudo muito corrido. Passei só pra postar esse cap pra vocês! (e vou dormir, pq trabalhei o dia todo e tô podre. Se tiver erros, me perdoem, mas é pq eu to morrendo de sono).
Então, o que vocês acharam da atitude de Justin, hein? Hummmm... Vamos esperar pelo que vem por aí.
Beijooooos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Magical Moment II Temp. - Cap. 04/ Herdeiro

Abri os olhos e tive uma bela visão de cabelos loiros, olhos cor de mel e uma boca linda. Com um semblante preocupado, ele estava lindo, mas ao mesmo tempo estava rindo. Me sentei na cama e percebi que estava no quarto.
(Seu Nome): Que aconteceu?
Justin: Você desmaiou.
Ele continuou me olhando. Bem estranho.
(Seu Nome): O que foi, Justin?
Justin: Indisposição, desmaios... 
(Seu Nome): Não estou grávida, Justin.
O sorriso dele se desfez. 
Justin: Ah... Desculpa.
(Seu Nome): Mas teremos um logo. - Eu disse, junto seu rosto com minhas mãos.
Justin: Não se sinta pressionada. Tudo no seu  tempo.
Ele disse e me deu um sorriso fraco. Justin não conseguia esconder sua frustração, mas ao mesmo tempo, eu sabia que ele me esperaria. Peguei a mão dele e ele me olhou nos olhos.
Justin: Vamos nos arrumar para a festa da princesa?
(Seu Nome): Ok. Eu vou tomar banho.
Justin: Vai lá. A banheira já está posta.
Assenti pra ele e fui em direção ao banheiro. Entrei na banheira e a água quente fez meu corpo arrepiar. A sensação era boa, eu me sentia relaxada, em dias. Escutei um barulho na porta e pensei que fosse minhas damas para me ajudar no banho, mas assim que aquelas mãos me tocaram, eu sabia que não era uma mulher. Olhei para cima e fiquei feliz e ao mesmo tempo assustada quando vi aqueles cabelos loiros.
(Seu Nome): Justin? O que você faz aqui?
Justin: Vim dar banho em você.
Cobri minhas partes íntimas em protesto. Como assim dar banho em mim?
Justin: Não há nada aí que eu não tenha visto.
(Seu Nome): Mesmo assim eu sinto vergonha; nunca tomei banho na sua frente.
Ele pegou o sabonete perfumado de rosas e começou a passar no meu braço. O toque dele junto ao sabonete me arrepiava.
Justin: Uma Rainha não deve ter vergonha do seu Rei. E um Rei não deve ter vergonha de sua Rainha. Nós somos um só agora, (Seu Nome). Um dia seremos rei e rainha de dois reinos poderosos.
O sabonete passou pelo meu pescoço e desceu pelas minhas costas. 
Justin: E teremos muitas preocupações. Muitos tentarão nos derrubar...
Das minhas costas passou para os meus seios. Ele passava o sabonete olhando em meus olhos e eu não pude deixar de de soltar um gemido.
Justin: E aí teremos somente um ao outro.
Depois minha barriga, e seguiu para minhas coxas. Achei que ele passaria para meu íntimo mas ele continuou pela perna, até chegar aos pés, o que me fez cócegas.
Justin: Não poderemos ter vergonha um do outro.
E então subiu novamente pela minha perna.
Justin: Porque no fim tudo o que teremos será o amor um pelo outro.
E chegou ao meu íntimo. Minhas mãos seguraram com força a beirada da banheira, e meus olhos reviraram. Quando ele terminou, eu já estava entregue.
Justin: Adoro te ver assim. - Me deu um beijo na testa e saiu do banheiro.
Eu me enxaguei e deixei a banheira. Envolta numa toalha, saí para o quarto e fiquei surpresa ao notar que ele não fora embora, mas estava alí, perto da cama, alisando um dos meus vestidos.
Justin: Você fica linda nesse vermelho.
Cheguei mais perto aos poucos, contando cada passo. Ele tirou o vestido do cabide e o trouxe até mim. 
Justin: Tire a toalha, vou vestir você.
Deixei a toalha cair aos poucos e percebi os olhos dele sobre mim. Ligeiramente, deu um sorriso malicioso, mas voltou a si e me mandou virar de costas. Passou o vestido sobre mim, e eu senti fechar todos os botões. Soltou meus cabelos e os prendeu em uma trança linda que eu nem imaginava que ele sabia fazer. Então foi até à minha cômoda e pegou uma das maiores coroas que eu tinha e pousou ela sobre a minha cabeça. Depois, me deu um breve beijo sobre os lábios.
Justin: À minha Rainha, um tratamento de Rainha. 
E saiu do meu quarto me deixando perplexa, aos cuidados das minhas damas de companhia, tentando entender a sorte que eu tinha por ter ele na minha vida.

Logo após me maquiar, decidi descer para o salão. Vi Justin ao longe, vestido com uma túnica preta em detalhes dourados - a minha preferida. Resolvi passar na cozinha para comer algo antes de ir à festa, mas havia um cheiro que estava me deixando com enjoo. Então decidi ir logo à festa. A festa ficava no pátio do lindo castelo. A celebração do aniversário da Princesa Jenn era uma festividade que começava pela manhã e durava o dia inteiro. O Reino de Julien era conhecido pelas flores e não era à toa, haviam muitas espécies lá, e claro, haviam muitas flores na decoração do aniversário da Princesa, o que dava um cheiro especial à celebração.
Justin estava com Julien e parecia rir de algo. Jenn estava um pouco mais perto e estava radiante em um vestido rosa, que ficava lindo nela. Quando ela me viu, veio me encontrar.
Jenn: (Seu Nome), que bom que veio!
(Seu Nome): Sua festa está linda! Mas você me parece preocupada...
Jenn: Convidei Chris, mas não sei se ele vem...
(Seu Nome): Garanto que logo, logo ele estará aí.
Jenn: Eu espero.
Ela disse e soltou um suspiro nervoso. Observei Justin e Julien por um momento, e os dois se comportavam como primos novamente. Parecia que o problema era quando eu estava perto. 
Jenn: Olhe, meu tio Sebastian está aqui.
Ela disse apontando para um casal de senhores que não deviam ter mais de cinquenta anos. Eles estavam acompanhados de outras três crianças, sendo o mais velho aparentava uns dez anos, enquanto o mais novo não devia ter mais de três. Presumi que, por serem tios de Julien e Jenn, poderiam ser tios de Justin também, o que teve mais força quando as três crianças pularam no colo de Justin. Ele as segurava de um jeito dócil, e as crianças pareciam estar ligadas à ele. Dava pra sentir os olhos dele brilharem.
Jenn: Justin gosta muito de crianças. E as crianças gostam dele.
A imagem era linda, e eu não pude deixar de imaginar ele brincando com nosso filhos. E naquele momento, eu realmente desejei uma criança.
Os sinos tocaram e isso significava que haviam reis à caminho. Meu pai!
Fui para perto de Justin, e agarrei feliz a mão dele. Ele sorriu para mim e meu coração se derreteu. A carruagem chegou, e dentro dela saíram Pattie e Jeremy. Enquanto todos faziam uma saudação aos reis, Justin correu para perto deles. 
Justin: Que saudade de vocês.
Ele disse, dando uma abraço em Jeremy e um longo abraço em Pattie. A outra carruagem não demorou a chegar. A viagem do reino de Bieber demorava cerca de quase um dia. Quem desceu dessa carruagem foram Caitlin, Ryan, Chris, Chaz. Não pude deixar de perceber o sorriso de Jenn. Caitlin veio correndo me abraçar.
Caitlin: Que saudade!
Era bom ver rostos familiares novamente. Apesar de adorar a companhia de Jenn, era muito solitário conhecer apenas Jenn, Justin e Julien num enorme castelo que continha seiscentas pessoas entre pessoas da corte, nobreza, viajantes, diplomatas e servos.
(Seu Nome): Eu também estava! Nem sabe como! Cadê me pai?
Cailtin: Ele não vem.
(Seu Nome): O que houve?
Um ponto de interrogação se formou em minha cabeça. Ele não havia escrito muita coisa na carta e não tinha vindo à festa de Jenn.
Cailtin: Está doente, pegou uma gripe, mas está bem. Só indisposto.
(Seu Nome): Ok, já estava preocupada. Temos tanta coisa pra conversar!
Uma música linda começou a tocar, e Justin veio caminhando em minha direção. Chegou perto de mim, beijou minha mão e fez menção de me tirar pra dançar.
Cailtin: Teremos tempo, eu prometo!
Ela disse sorrindo, assim que Ryan chegou para dançar com ela. Justin me levou até uma parte do grande salão.

E as pessoas nos observavam. Era meio óbvio, éramos os futuros Reis de Brunne e de Bieber, os dois reinos mais poderosos da região. Justin estava realmente lindo. Apesar de tudo o que acontecera, de vermos uma criança que mais ninguém viu, dos atentados, da marca, eu podia dizer que eu estava feliz. Tinha Justin na minha vida. Estávamos casados há cerca de dois meses e em nenhum segundo brigamos feio. Isso porque tínhamos a certeza de que o nosso amor era real, forte e que duraria por muitos anos.
Enquanto nos embalávamos lentamente, apoiei a minha cabeça no ombro dele e pude sentir aquele cheiro inconfundível. Fechei os olhos e me permiti sentir aquela emoção. Era muito bom estar alí.
Justin: Eu amo você.
(Seu Nome): Eu também te amo.
Eu pude sentir que ele sorriu e puxou meu rosto, me dando um leve beijo nos lábios. 
(Seu Nome): Vai me amar amanhã, quando eu estiver velha, com rugas e feia?
Justin: Vou te amar amanhã. - Ele disse e deu um pequeno beijo em meus lábios. - E depois de amanhã. E na semana que vem. E no ano que vem. - E me deu mais um pequeno beijo. - E vou te amar daqui a um ano, dez anos, cem anos. - Mais um beijo. - Vou te amar pela eternidade. Mil anos não serão suficientes para todo o amor que eu tenho a te dar.
Como ele podia falar essas coisas? Como poderiam ser pra mim? Eu tinha muito sorte e sabia disso. E ia me esforçar para que o amor dele não morresse.
Justin: Você não sabe a minha felicidade quando eu acordo e vejo que você está lá. Não sabe como fico maravilhado quando seus olhos brilham quando observa o céu. Não sabe que meu coração para de bater por alguns segundos quando sorri pra mim. Que meu corpo se arrepia quando você me toca, mesmo que brevemente. Que eu amo tua voz. Teu cheiro. Teus olhos. Que eu amo cada parte sua, cada palavra que sai da tua boca, cada olhar, cada segundo ao teu lado. E não te trocaria por toda riqueza do mundo, por nada.
Quando dei por mim, já estava em lágrimas. Eu nunca tive dúvidas de que amava Justin. Mas cada vez que ele dizia essas coisas, eu tinha mais certeza. A música parou e todos nos aplaudiram. Justin sorria pra mim radiante. Ia conversar com Caitlin, mas Pattie me interrompeu no meio do caminho.
Pattie: Querida, posso conversar com você?
Adorava Pattie e ela sempre me tratou bem, já que era amiga da minha mãe. Mas Pattie nunca me chamou para um conversa. Se bem que, agora eu estava casada com o filho dela, e desde o casamento não nos falamos muito porque logo viemos para o castelo de Julien, e ficamos por aqui até agora e já tinha se passado dois meses. Ela me levou para um canto cheio de rosas vermelhas, o que me lembrava de um campo de rosas que ficava na fronteira entre os Reinos de Brunne e Bieber.
Pattie: Como anda seu casamento?
Ufa, a primeira pergunta era fácil.
(Seu Nome): Um sonho.
Pattie: Sabe, nem todos os governantes tem a sorte de escolher quem casar. Eu sou um exemplo. Quando me casei com Jeremy, não o amava e ele não amava a mim.
Aquilo me pegou de surpresa, pois sempre os via muito apaixonados. Será fingimento para salvar o reino?
Pattie: Mas isso mudou com tempo. Mais precisamente quando Justin nasceu. Nos apaixonamos. E isso foi sorte também. A maioria dos Reis e Rainhas, principalmente as Rainhas, passam a vida com quem não amam, em favor do reino.
Não sabia onde ela queria chegar. Mas não iria interrompê-la.
Pattie: Como rainha, muitas vezes você vai ter que aceitar coisas que não gosta, pra proteger seu povo. 
(Seu Nome): Eu sei.
Pattie: Saiba que pode contar comigo. Não estará sozinha.
Pattie respirou fundo e naquele momento eu soube que ela estava incomodada com algo, que eu não sabia o que era, e pelo semblante dela, ela não iria me dizer.
Pattie: E o herdeiro, está a caminho?
Até ela?!
(Seu Nome): Virá quando tiver que vir.
Pattie: Virá logo.
(Seu Nome): Eu espero.
Pattie me deu um sorriso e me deixou observando o campo de rosas. O que Pattie estava me dizendo era óbvio e eu sabia que quando me tornasse Rainha, eu teria mitas provações, mas eu sabia que estava preparada pra isso. É claro que ter o apoio dela, que já fora amiga da minha mãe, e agora era minha sogra, era fundamental e confortante. Enquanto estava envolta em meus pensamentos, nem percebi que Caitlin chegou.
Cailtin: Perdida em pensamentos hein...
(Seu Nome): Estava pensando na conversa que tive com Pattie agora, mas nada importante. E você, como anda os preparativos para o casamento?
Cailtin: Está quase tudo certo. Nos casamos em duas semana. Esperamos você lá.
(Seu Nome): Não perderia por nada, afinal... Eu sou a madrinha. 
Sorri e abracei ela. Nem parece que alguns meses estávamos lutando por nossas vidas e agora estávamos falando em casamento. Mas Cailtin assim que me abraçou, se afastou.
(Seu Nome): Aconteceu alguma coisa?
Cailtin: Eu não sei.
(Seu Nome): O que aconteceu?
Cailtin: Quando toquei você vi um sol e uma lua.
(Seu Nome): E o que isso significa?
Cailtin: O sol é luz, calor. A lua é fria e cinza. Vida e morte. Me dê a sua mão. - Ela pegou minha mão delicadamente. - Não consigo...
(Seu Nome): Não consegue o que?
Cailtin: Não consigo ver teu futuro. É como se... - Ela parou e parecia escolher bem as palavras. - Como se você não tivesse futuro... Não, tudo bem, acho que meus poderes estão falhando porque estou cansada, a viagem foi muito longa...
(Seu Nome): É, pode ser.
Cailtin: Eu vou ir ver Ryan. Nos falamos depois.
Assenti pra ela e continuei a observar as rosas, que tinham um perfume... horrível. Elas ainda tinham o cheiro de rosas, mas estava muito forte.
Justin: Amor, esta bem? Parece pálida.
(Seu Nome): O cheiro dessas rosas é forte demais.
Ele cheirou no ar, assim como faz um cachorrinho e eu ri.
Justin: Está normal. Vem, vamos cantar os parabéns para Jenn.
Estavam todos reunidos em volta da grande mesa redonda, onde havia um bolo enorme muito bem decorado e que parecia delicioso. Todos cantaram os parabéns, e Jenn parecia muito feliz.
Jenn: Eu, princesa do Reino de Winterll, estou muito feliz com a presença de todos vocês. Mas existe alguém aqui que se tornou minha confidente, minha amiga, e por obra do destino, minha prima. É à ela que eu dou o primeiro pedaço do bolo. Viva à Princesa (Seu Nome)!
Todos saudaram viva e Jenn trouxe um prato rosa até mim, me entregou e me deu um longo abraço. Fiquei muito feliz em saber que Jenn me estimava tanto quanto eu estimava ela. Jenn voltou ao bolo e foi servindo os demais convidados. Apesar do bolo estar parecendo apetitoso, meu estômago parecia revirar. Nem percebi quando Pattie chegou perto de mim.
Pattie: Nem tocou no bolo, está ruim?
(Seu Nome): Eu vou comer.
Disse, dando uma garfada. Mas tão logo eu fiz isso, logo eu fiquei enjoada. Pattie percebeu e me levou rapidamente para trás de um arbusto ali perto. Vomitei na frente da Rainha de Brunne. Quando voltei a mim, estava morrendo de vergonha.
Pattie: Não se sinta mal por estar mal.
(Seu Nome): Não sei o que está acontecendo.
Pattie: Enjoo, não quer comer, não consegue sentir o perfume das flores, pele e cabelo diferentes e dá pra perceber uma pequena saliência na sua barriga. Você é a única que não percebeu.
Eu havia entendido o que Pattie dissera. Minha menstruação estava atrasada. E eu estava muito confusa. Um filho? Tudo o que precisávamos. Sabia que Justin seria um bom pai, mas eu seria uma boa mãe? Justin chegou onde estávamos e percebeu o clima estranho.
Justin: Está tudo bem aqui?
Quando vi ele, todas as minhas dúvidas desapareceram. Eu seria a mãe do homem que eu amo.
Pattie: Mais que bem... - Ela disse sorrindo e ele pareceu não entender.
(Seu Nome): Justin, nós teremos um herdeiro.

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Eita, nois, tem um principe ou princesa à caminho!!
Que acham desses avisos de Pattie? E o Rei Austin que não apareceu?  E o que significa essa visão (ou falta de visão) de Cailtin? Como Justin vai receber a notícia do primeiro filho? Muuuuitas coisas estão por vir, recém estamos no início!
Eu tenho que dizer pra vocês que eu fiquei muito feliz quando vi os comentários de vocês. Eu achei que isso aqui estariam abandonado, mas vocês ainda estão aqui. Vocês são incríveis, sério! Deram cor à minha vida. Nem imaginam como me fazem bem (e eu estou quase chorando novamente). E pra agradecer, postei esse capítulo e respondi aos comentários de vocês na postagem anterior.
Espero que tenham aproveitado esse capítulo e fiquem ligadas no próximo: Solitária.
Até a próxima!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Magical Moment II Temp. - Cap. 03/ O Rei Louco


Justin foi comigo à enfermaria para visitar Maria. Ela estava com a cabeça enfaixada e a enfermeira disse que ela estava muito ferida, mas não corria risco de vida. Ela estava com um olhar muito estranho para Maria. Esperei ela sair para comentar com Justin.
(Seu Nome): Viu como ela olha para Maria?
Justin: Parece ter medo dela.
(Seu Nome): Medo do que? Maria sempre foi um amor.
Justin: Eu realmente não sei. – Disse e deu de ombros. 
(Seu Nome): Esse castelo me dá arrepios.
Justin: Eu sei. Vamos, não temos mais nada para fazer aqui. Maria está bem e fora de perigo.
(Seu Nome): Eu sei. E pensar que fui eu quem colocou ela no perigo...
Justin: Ei, ei, ei. – Ele disse, pegando meus ombros. – Você não tem culpa. Você não fez nada disso. Você é só mais uma vítima.
(Seu Nome): Por que todos que são próximos de mim estão em perigo? Isso não é justo. – EU disse e as lagrimas já começavam a rolar.
Justin: Não chore. – Ele disse e me abraçou. – Eu estou aqui e vou proteger você. Eu te amo.
(Seu Nome): Eu também amo você.

Deixamos Maria na enfermaria e subimos para a sala de jantar, onde havia uma recepção formal para o tio de Julien. Estávamos todos sentados e havia um banquete gigantesco para os convidados, mas apesar daquela mistura de cheiros e sabores me deixarem com muita fome, eu não conseguia comer nada.
Richard: Princesa (Seu Nome), notei que não comeu nada do que te oferecemos. A comida não é do seu agrado?
Fiquei confusa com a colocação do tio de Julien.
(seu Nome): Só estou indisposta hoje. Peço perdão.
Richard: Hum, um herdeiro está vindo então?
Justin se afogou com o vinho e olhou para Richard.
Justin: Oi?
Richard: Vocês se casaram há pouco, fiquei sabendo. Sinto muito por tudo que teve que passar, princesa. Mas agora que casaram, é natural que tenham que dar um herdeiro, não?
Justin: Vai vir no tempo certo... Não agora.
Richard: Sinto muito, não quis ser indelicado.
Todos os convidados a mesa nos olhavam com olhares estralados. 
Justin: Bem, irei levar a princesa para o quarto, já que ela não se sente muito bem.
Richard: Tomem um chá primeiro. É nossa bebida principal e pode ajudar.
Justin me olhou com um cara de que eu não precisava beber, mas bebi mesmo assim, e ele acabou bebendo também. Justin se levantou e me estendeu a mão. Eu naturalmente o acompanhei e fomos até o quarto. Ele fechou a porta e deu um suspiro de alívio.
Justin: Finamente sozinhos. 
(Seu Nome): Que dia! – Disse e me joguei na cama.
Justin: Eu sei. – E se jogou do meu lado.
(Seu Nome): Ainda bem que está aqui...
Justin: Bem, na verdade me obrigaram, disseram que era a lua de mel e que era minha obrigação estar presente...
(Seu Nome): Cala a boca, Justin. – E dei um tapa na costela dele e ele fingiu perder o ar.
Justin: Mão pesada.
(seu Nome): Não mais que a sua.
Justin: Como sabe, se eu nunca bati em você?
(Seu Nome): Nem vai.
Justin: Ah não ser que você pedir... – Ele disse e chegou mais perto. 
(seu Nome): Faz tudo o que eu pedir?
Justin: Eu posso ser o que você quiser esta noite.
Ele disse e me deu um beijo longo até perder o ar. Depois me olhou com aqueles belos olhos mel e sorriu. O amor de Justin era palpável e eu era muito sortuda em poder senti-lo e saber que seu amor era meu. E meu amor era dele. Nosso amor transitava entre a alma e vibrava nosso corpo. Aos poucos, a mão dele foi percorrendo meu corpo e eu sentia meus músculos em choque conforme sua mão ia descendo. Justin deitou na cama ao meu lado e eu institivamente subi em cima dele. Ele me beijou ferozmente como se aquele fosse nosso último beijo e eu gostava disso. Nosso amor era pleno.
Justin: Eu quero sentir você...
Sai de cima dele e me posicionei de costas contra ele para que ele pudesse abrir os botões do meu vestido. Mas aí vimos que não estávamos sozinhos no quarto. Havia uma criança no escuro. Nos assustamos e Justin me abraços instintivamente.
Justin: Está perdida?
A criança não disse nada e foi caminhando em direção a janela.
Justin: Ei, está tudo bem?
Ela continuou caminhando e quando chegou perto da janela, parou. Olhou lentamente para a gente e só aí então que falou.
-- A escuridão está chegando.
E então, um segundo depois, antes que eu ou Justin pudéssemos fazer qualquer coisa, ela se jogou da janela.



O castelo acordou alarmado. A corte tinha saído dos quartos. Os guardas foram alertados, mas corpo nenhum havia sido encontrado.
Julien: Vocês tem certeza do que viram? – Estávamos na sala do trono de Julien já. Ele estava com um longo pijama e a cara amassada de sono. Estava dormindo quando entramos correndo em seu quarto avisando que uma criança havia se jogado da janela. Mas por incrível que pareça, não havia corpo.
(Seu Nome): Sim, havia uma criança no nosso quarto e se jogou da nossa janela.
Julien: Teve um dia difícil (Seu Nome). Pode ter sido apenas uma alucinação.
Justin: Mas eu também vi.
Nesse instante o tio de Julien irrompe a sala, também vestido em uma roupa de dormir.
Richard: O que houve? Acordaram todo o castelo. Os nobres estão furiosos, os empregados estão com medo.
Julien: Havia uma criança no quarto deles.
Richard: Impossível, o quarto fica guardado por guardas até mesmo quando eles não estão lá. Não passou ninguém por eles.
(Seu Nome): Nós vimos. Se atirou da nossa janela.
Richard: A guarda foi informada, procuraram no castelo todo. Não há corpo nenhum. Isso deve ser uma alucinação.
Julien: Alucinação?
Richard: Os dois tiveram um dia difícil, é normal.
Justin: Nós sabemos o que nós vimos.
Richard: O que vocês viram não importa. Inclusive, acredito em vocês, até porque não é a primeira vez que isso acontece. Mas não podem sair por aí dizendo que viram fantasmas. Ninguém quer um rei e uma rainha louco.
Justin: Como?
Richard: Esse castelo é assombrado. Os espíritos vagam, dizem coisas estranhas. Mas não podem contar que viram um. Irão achar que são loucos. E um rei louco é um rei inútil.
Justin: Não acredito em fantasmas.
Richard: Ótimo. Então como explica o que acabou de acontecer?




Ótimo. Lua de mel num castelo assombrado. Será que a minha vida nunca seria normal, nunca envolveria algo que não fosse mágico ou sobrenatural? Meu colar de jade brilhou mais verde do que nunca. Não, acho que não. Isso estava atrelado á mim desde meu nascimento.
Justin: Venha dormir.
Nem havia percebido que ainda estava na janela. Justin me esperava na cama com uma cara de sono.
Justin: Precisamos dormir. Amanhã é o aniversário da princesa.
Me aproximei da cama e me sentei ao lado dele.
(Seu Nome): Como você quer que eu pegue no sono quando tem uma criança fantasma no nosso quarto que pula a janela?
Justin: Quer trocar de quarto? Podemos ir dormir lá fora, olhar as estrelas... Ou podemos não dormir se você quiser.
Sorri e me deitei ao lado dele e ele me enrolou com  seus braços, em forma de proteção.
Justin: Enquanto eu estiver aqui, nada vai te acontecer.
E eu acreditava nisso.
Justin: Vem, vamos lá fora.
(Seu Nome): Está maluco? Ninguém pode sair do castelo de madrugada.
Justin: Ninguém vai nos ver.
(Seu Nome): E os guardas?
Justin: Eu conheço o castelo melhor que ninguém. Julien e eu brincávamos por todo o castelo quando criança... 
Ele pegou um livro e uma passagem se estendeu ao lado da lareira.
Justin: E sei todos os caminhos...
Pegamos os cobertores e seguimos pela passagem estreita que dava em uma escadaria, que caía diretamente no gramado do lado de fora do castelo.
Justin se deitou enrolado no seu cobertor sobre a grama e eu me deitei ao seu lado. Juntos ficamos observando as estrelas cintilarem.
Justin: Tá vendo aquela estrela mais bonita?
(Seu Nome): Sim.
Justin: Dei à ela seu nome.


Quando a manhã chegou, tratei logo de ir à enfermaria para visitar Maria. Ela ainda estava muito machucada e parecia estar dormindo. Ela abriu os olhos quando cheguei perto.
(Seu Nome): Maria... Que bom que está aqui...
- Ela ainda não consegue falar. - Disse a enfermeira. - Mas consegue te entender, mexer a cabeça. Logo logo ela estará bem.
(Seu Nome): Maria, eu sinto muito. Se eu soubesse. - E as lágrimas começaram a me encher os olhos. - Nunca teria lhe colocado em perigo.
Ela, com muita dificuldade, pegou a minha mão.
- Ela não culpa você. Agora precisa ir, ela ainda está muito doente.
Em poucos minutos Maria estava dormindo novamente. 
(Seu Nome): O que aconteceu com ela? - Eu tentava dizer entre os soluços.
- Atacaram a carruagem. Assustaram o cavalo com uma cobra, dizem. Os cavalos saíram correndo e sem rumo. O coche se soltou e bateu em uma árvore, virando. Quando eu cheguei lá ela estava muito machucada, mas consciente. Ou melhor, acordada, porque a consciência ela já estava perdendo.
(Seu Nome): Como assim?
- Ela dizia coisas sem nexo, dizia que a morte havia aparecido, que a escuridão estava chegando.
Me arrepiei toda e fiquei sem reação. A escuridão estava chegando. O que isso significava e por que me perseguia? Eu precisava descobrir. Mas não poderia perguntar à enfermeira, ela achava Maria louca e ia achar eu também, e Richard tinha razão. Um rei louco é perigoso.
(Seu Nome): Mais alguma coisa?
- Hum... Sim. - Ela disse com uma cara preocupada. - Eu não sei como, mas um dos machucados possui... forma. - Ela disse e puxou manga do vestido de Maria que ainda dormia. - Um machuca em forma de uma cobra enroscada em uma rosa.
Minha respiração parou e o mundo começou a girar. Era a mesma marca que eu tinha visto queimar no meu pulso quando caí do cavalo e quando encontrei a morte. Quando dei por mim, só havia escuridão.
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Hey, girls, I'm sorry. É que eu estive sem tempo, estou no  último ano da faculdade e as coisas andam bem corridas.
Mas enfim, estou de volta.
Será que (Seu Nome) estão ficando loucos? O castelo é assombrado? Por que a escuridão persegue (Seu Nome)? 
Próximo capítulo: Herdeiro.

sábado, 18 de abril de 2015

Magical Moment II Temp. - Cap. 02/ Caçada



Corri tão rápido quanto eu pude, mas os jardins estavam muito escuros. Tropecei em uma planta rasteira e caí no chão. O vestido era pesado e eu demorei um tempo para conseguir me levantar, mas quando consegui, saí correndo, até parar em alguém.
Julien! Meu alívio foi imediato, mas eu ainda tinha a sensação que estava sendo perseguida por aquela... coisa.
Julien: O que aconteceu, princesa?
Ele me abraçou sem ao menos esperar a minha resposta. Foi confortante. Ele passou seus dedos em minha testa e vi em seus dedos um líquido viscoso.
Julien: Sua testa está sangrando. Você está perdendo sangue.
Ele desceu sua mão cuidadosamente até meu pulso e com mais cuidado ainda, levantou a manga do meu vestido até a pele ser exposta. Havia um desenho no meu pulso.
 (seu Nome): Eu... Eu me perdi nos jardins...
Justin chegou bem na hora em que eu estava abraçada em Julien. E pela cara que ele estava fazendo, eu sabia que ele não estava gostando. Ah não... Julien escondeu meu pulso rapidamente.
Justin: O que está acontecendo aqui, (Seu Nome)?
(Seu Nome): Eu me perdi e... Julien me achou...
Justin: Se perdeu como? Eu estava procurando por você e...
(Seu Nome): Eu dancei com alguém e quando ele tirou a máscara eu vi que não era você e me assustei. Por favor, não fique bravo comigo...
Justin: E então você achou Julien?
Suspirei. Aquilo não estava ajudando.
Justin: Sua testa está sangrando?
Então ele abandonou sua expressão rude e colocou um semblante preocupado no rosto.
(Seu Nome): Eu me assustei e saí correndo, eu caí e bati a testa... eu não sei. Me leve pro quarto, Justin.
Justin: É claro.
Ele me pegou no colo. Eu estava cansada demais, todo o meu corpo parecia ter toneladas e eu não conseguia mais dar um passo.
Julien: Não se preocupe, (Seu Nome), amanhã você nem vai lembrar desse dia.
Ele deu um beijo em minha bochecha, para desaprovação de Justin e saiu.
Justin: O que ele quis dizer com isso?
(Seu Nome): Eu não sei, só me leve daqui, por favor.
Justin me levou para nossos aposentos no Castelo de Julien. Eu realmente precisava da minha cama. Mas, quando achei que teria um descanso, médicos chegaram.
-- Viemos à pedido do Príncipe Julien.
Eles limparam meus machucados e me medicaram, mas por fim disseram que eu ia ficar bem. Quando eles saíram, Justin se deitou ao meu lado e me abraçou. Eu me aconcheguei nos braços dele, era o único lugar que eu queria estar agora.
Justin: Descansa, princesa, foi um dia cheio.
(Seu Nome): Muito.
E dormi nos braços dele enquanto ele sussurrava em meu ouvidos que me amava.

Acordei incrivelmente bem. Maria abria as cortinas e cantava alegremente. Abracei a cama ao lado, mas Justin não estava mais lá. Sentei-me na cama e foi aí que Maria percebeu que eu estava acordada, me fazendo uma reverência, incrivelmente envergonhada.
(Seu Nome): Bom dia, Maria.
Maria: Bom dia, Alteza.
(Seu Nome): Onde está Justin?
Maria: Está na sala de trono de Julien. Foi chamado às pressas hoje cedo.
(Seu Nome): Aconteceu alguma coisa?
Maria: Não sei dizer.
Mal ela terminou de falar e Justin apareceu na porta. Ele parecia preocupado, mas mesmo assim ele sorriu quando me viu. E aquele sorriso derreteu meu coração. Ele
Justin: Bom dia, Princesa. Vim lhe buscar para tomar café. Sinto muito não estar aqui quando você acordou.
E me deu um selinho. Maria corou e saiu. Justin e eu rimos.
(Seu Nome): Onde você estava?
Justin: Julien me chamou na Sala do Trono. Resolver algumas questões de Estado.
(Seu Nome): Mas você está em Lua de Mel.
Justin: Mas continuo um Príncipe.
(Seu Nome): Também continuo Princesa. Por que não fui chamada?
Justin: Você até foi... – Ele deu um meio sorriso. – Mas estava tão linda dormindo que eu não quis te acordar.
Não pude deixar de dar uma gargalhada.
(Seu Nome): Tá bom. Estou morrendo de fome...
Justin: Vem, vou levar vocês para tomar café.
(Seu Nome): Vocês quem?
Ele apontou para a minha barriga e caiu na gargalhada. Eu mostrei o dedo do meio e ele riu mais ainda.
Justin: Que gesto feio para uma futura Rainha.
(Seu Nome): Isso mesmo, futura Rainha. Cale-se ou mandarei você para as masmorras no inverno.
Justin: E quem esquentaria sua cama no inverno?
(Seu Nome): Hmmm... Boa sacada!
Justin: Viu, você não vive sem mim.
(Seu Nome): Príncipe convencido.
Justin: Calúnia.

Descemos para tomar café e Julien parecia agitado.  Aliás, todo o castelo.
(Seu Nome): Tem alguma coisa acontecendo?
Justin: Nada demais.
Mas eu sabia que havia. O clima no castelo estava pesado demais.
(Seu Nome): Acho que vou subir para o quarto.
E dei meu melhor sorriso malicioso.
Justin: Subo junto com você.
Um doa guardas chegou e sussurrou algo nos ouvidos de Julien. Justin se levantou junto comigo e nós íamos saindo quando Julien chamou por Justin.
Julien: Preciso conversar com você, Justin. Na Sala do Trono.
Justin olhou para mim com cara de culpado e eu fiz menção para que ele fosse com Julien e assim ele fez, me deixando mais uma vez sozinha na minha própria Lua De Mel. Jenn, a irmã de Julien me olhava com pena.
(Seu Nome): Nunca se case.
Eu falei à ela brincando e ela riu.
Jenn: Já que os homens de nossa vida nos deixaram, porque não damos uma volta pelo castelo?
(Seu Nome): É uma boa ideia. – Mas me empolguei que acabei virando café em meu vestido. – Só tenho que trocar de roupa.
Jenn: Á vontade, estarei esperando por você aqui embaixo.
Subi as escadas que davam acesso aos quartos. Mas no corredor, ouvi alguém cantando bem alto. Era Maria e pelo som, dava pra ver que vinha do meu quarto. Cheguei perto da porta, que estava entreaberta, e vi ela com um dos meus vestidos na frente do corpo, como se experimentasse. E uma coroa de madeira, igual a minha na cabeça. Ela cantava e dançava, feliz.
Maria: Eu sou a Princesa. Curvem-se diante de mim.
E entrei pela porta e fiz uma reverência. Maria se assustou e largou o vestido e tirou a coroa.
Maria: Alteza... Eu...
(Seu Nome): Está tudo bem, Maria.
Maria: Eu sinto muito e...
(Seu Nome): Você gosta dos meus vestidos, não é?
Maria: É tudo tão lindo...
(Seu Nome): Você gosta de ser princesa?
Ela se encolheu toda e ficou muito vermelha.
Maria: Tudo é tão lindo... Você passa e as pessoas a reverenciam... Se é eu, as pessoas me chutam.
(Seu Nome): Acredite, sei como é isso. Minha madrasta era terrível.
Maria: Eu tinha uma madrasta, mas ela era boa comigo.
(Seu Nome): Tinha?
Maria: Minha mãe morreu quando eu nasci e logo meu pai se casou novamente. Mas ele morreu não muito tempo depois. E minha madrasta trabalhava aqui no Castelo e quando ela se foi... Eu fiquei.
(Seu Nome): Eu sinto muito.
Maria: Não se preocupe. Por mais que dói tê-la perdido, eu sou grata por ter podido ter ela na minha vida.
(Seu Nome): Eu acho que tenho uma ideia...
Maria: Ideia?
(Seu Nome): E se você virasse princesa por um dia?
Maria: Como?
(seu Nome): Você veste um dos meus vestidos e visita a cidade.
Maria: Mas vão ver que eu não sou você.
(Seu Nome): Não se você estiver dentro de uma carruagem...
Maria: A Carruagem da Princesa? Meu Deus, é um sonho...
(Seu Nome): Hora de começar...
Peguei meu vestido que ela estava experimentado e coloquei nela. Levei ela até a penteadeira e fiz as tranças que ela costumava fazer em mim. Maquiei-a e ela espirrou por causa do pó de rosto, o que foi engraçado. Mas, quando ela finalmente estava pronta, uma lágrima escapou dos olhos dela.
Maria: Essa sou eu?
Jenn chegou bem na hora e se assustou com Maria.
Jenn: Uou... Maria?
(seu Nome): Ela queria ser princesa por um dia...
Jenn: Está linda, Maria.
Maria: Meu deus, duas princesas de verdade!
Jenn: Três. Você também é uma agora.
(Seu Nome): A carruagem está lhe esperando, Maria. Mas antes...
Tirei minha coroa e entreguei para ela.
Maria: Eu não posso aceitar...
(Seu Nome): Pegue, estou dando ela para você...
Maria: Mas é a sua coroa...
(Seu Nome): Eu tenho outras. Essa não significa nada pra mim, mas sei que significa tudo pra você. Guarde ela contigo.
Maria: Eu vou. Não sei como agradecer vocês...
(Seu Nome): Divirta-se e já vai ter nos agradecido.
Ela nos beijou e desceu correndo as escadas.
Jenn: Bem, acho que é a nossa vez de nos divertimos. Que tal um passeio pelo lado de fora do castelo?
Peguei o braço de Jenn e saímos do castelo. Estava um dia agradável e muito lindo. Jenn me levou para um lugar muito lindo, perto dos estábulos.
Jenn: Como é se apaixonar?
A pergunta de Jenn me pegou de surpresa.
(Seu Nome): Tem as partes boas e as ruins. Mas é maravilhoso... Você nunca se apaixonou?
Jenn: Nunca saí do castelo... A não ser quando fui ao Castelo de Justin. Você é amigo do Chris?
(Seu Nome): Chris?
Jenn: Ele me manda cartas... Ele quer me ver de novo.
(Seu Nome): Eu faria muito gosto dessa união...
Uma trombeta tocou e os guardas correram ao castelo.
(Seu Nome): O que é isso?
Jenn: Meu tio chegou.
(Seu Nome): Você tem um tio?
Jenn: Sim, ele chegou, vem.
Voltamos ao castelo e Justin e Julien estavam nos esperando na porta. O tio de Julien entrou logo depois, cumprimentando Julien e sobrinha. Depois ele veio até mim e Justin.
-- Então é a sua futura Rainha, Justin?
Justin: Sim, tio. (Seu Nome), esse é meu tio Richard, primo de minha mãe e tio de Julien e Jenn.
(Seu Nome): É um prazer.
Richard era alto como Jenn e tinha o mesmos olhos azuis intensos de Julien.
Richard e Julien foram direto para a sala do trono. Jenn começou a conversar com as criadas.
Justin: Temos de conversar.
Ele disse bem baixinho, o que fez meu corpo arrepiar. Um dos guardas de Julien se aproximou.
-- Alteza, princesa (Seu Nome).
E me entregou uma caixa.
Justin e eu subimos para nosso quarto. Justin estava distante e havia uma ruga de preocupação no rosto dele.
Justin: Eu não sei como dizer isso... Mas, há algo acontecendo.
(Seu Nome): O que?
Justin: Seu cavalo... Alguém o assustou de propósito. Queriam que você caísse.
(Seu Nome): Eu sei. – Eu disse, com os olhos cheios de água.
Justin: Sabe?
Tirei o objeto de dentro da caixa. Era a coroa que eu havia dado à Maria ensanguentado. Eu havia entendido a mensagem.

(Seu Nome): Atacaram Maria porque acharam que era eu naquela carruagem. Estou sendo caçada. Estou sendo caçada pela morte.
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Hmm, quem está caçando ela? Quem é esse tio de Julien? Quem assustou o cavalo? O que houve com Maria? Só no próximo cap. Beeeijo :*