quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Magical Moment II Temp. - Cap. 04/ Herdeiro

Abri os olhos e tive uma bela visão de cabelos loiros, olhos cor de mel e uma boca linda. Com um semblante preocupado, ele estava lindo, mas ao mesmo tempo estava rindo. Me sentei na cama e percebi que estava no quarto.
(Seu Nome): Que aconteceu?
Justin: Você desmaiou.
Ele continuou me olhando. Bem estranho.
(Seu Nome): O que foi, Justin?
Justin: Indisposição, desmaios... 
(Seu Nome): Não estou grávida, Justin.
O sorriso dele se desfez. 
Justin: Ah... Desculpa.
(Seu Nome): Mas teremos um logo. - Eu disse, junto seu rosto com minhas mãos.
Justin: Não se sinta pressionada. Tudo no seu  tempo.
Ele disse e me deu um sorriso fraco. Justin não conseguia esconder sua frustração, mas ao mesmo tempo, eu sabia que ele me esperaria. Peguei a mão dele e ele me olhou nos olhos.
Justin: Vamos nos arrumar para a festa da princesa?
(Seu Nome): Ok. Eu vou tomar banho.
Justin: Vai lá. A banheira já está posta.
Assenti pra ele e fui em direção ao banheiro. Entrei na banheira e a água quente fez meu corpo arrepiar. A sensação era boa, eu me sentia relaxada, em dias. Escutei um barulho na porta e pensei que fosse minhas damas para me ajudar no banho, mas assim que aquelas mãos me tocaram, eu sabia que não era uma mulher. Olhei para cima e fiquei feliz e ao mesmo tempo assustada quando vi aqueles cabelos loiros.
(Seu Nome): Justin? O que você faz aqui?
Justin: Vim dar banho em você.
Cobri minhas partes íntimas em protesto. Como assim dar banho em mim?
Justin: Não há nada aí que eu não tenha visto.
(Seu Nome): Mesmo assim eu sinto vergonha; nunca tomei banho na sua frente.
Ele pegou o sabonete perfumado de rosas e começou a passar no meu braço. O toque dele junto ao sabonete me arrepiava.
Justin: Uma Rainha não deve ter vergonha do seu Rei. E um Rei não deve ter vergonha de sua Rainha. Nós somos um só agora, (Seu Nome). Um dia seremos rei e rainha de dois reinos poderosos.
O sabonete passou pelo meu pescoço e desceu pelas minhas costas. 
Justin: E teremos muitas preocupações. Muitos tentarão nos derrubar...
Das minhas costas passou para os meus seios. Ele passava o sabonete olhando em meus olhos e eu não pude deixar de de soltar um gemido.
Justin: E aí teremos somente um ao outro.
Depois minha barriga, e seguiu para minhas coxas. Achei que ele passaria para meu íntimo mas ele continuou pela perna, até chegar aos pés, o que me fez cócegas.
Justin: Não poderemos ter vergonha um do outro.
E então subiu novamente pela minha perna.
Justin: Porque no fim tudo o que teremos será o amor um pelo outro.
E chegou ao meu íntimo. Minhas mãos seguraram com força a beirada da banheira, e meus olhos reviraram. Quando ele terminou, eu já estava entregue.
Justin: Adoro te ver assim. - Me deu um beijo na testa e saiu do banheiro.
Eu me enxaguei e deixei a banheira. Envolta numa toalha, saí para o quarto e fiquei surpresa ao notar que ele não fora embora, mas estava alí, perto da cama, alisando um dos meus vestidos.
Justin: Você fica linda nesse vermelho.
Cheguei mais perto aos poucos, contando cada passo. Ele tirou o vestido do cabide e o trouxe até mim. 
Justin: Tire a toalha, vou vestir você.
Deixei a toalha cair aos poucos e percebi os olhos dele sobre mim. Ligeiramente, deu um sorriso malicioso, mas voltou a si e me mandou virar de costas. Passou o vestido sobre mim, e eu senti fechar todos os botões. Soltou meus cabelos e os prendeu em uma trança linda que eu nem imaginava que ele sabia fazer. Então foi até à minha cômoda e pegou uma das maiores coroas que eu tinha e pousou ela sobre a minha cabeça. Depois, me deu um breve beijo sobre os lábios.
Justin: À minha Rainha, um tratamento de Rainha. 
E saiu do meu quarto me deixando perplexa, aos cuidados das minhas damas de companhia, tentando entender a sorte que eu tinha por ter ele na minha vida.

Logo após me maquiar, decidi descer para o salão. Vi Justin ao longe, vestido com uma túnica preta em detalhes dourados - a minha preferida. Resolvi passar na cozinha para comer algo antes de ir à festa, mas havia um cheiro que estava me deixando com enjoo. Então decidi ir logo à festa. A festa ficava no pátio do lindo castelo. A celebração do aniversário da Princesa Jenn era uma festividade que começava pela manhã e durava o dia inteiro. O Reino de Julien era conhecido pelas flores e não era à toa, haviam muitas espécies lá, e claro, haviam muitas flores na decoração do aniversário da Princesa, o que dava um cheiro especial à celebração.
Justin estava com Julien e parecia rir de algo. Jenn estava um pouco mais perto e estava radiante em um vestido rosa, que ficava lindo nela. Quando ela me viu, veio me encontrar.
Jenn: (Seu Nome), que bom que veio!
(Seu Nome): Sua festa está linda! Mas você me parece preocupada...
Jenn: Convidei Chris, mas não sei se ele vem...
(Seu Nome): Garanto que logo, logo ele estará aí.
Jenn: Eu espero.
Ela disse e soltou um suspiro nervoso. Observei Justin e Julien por um momento, e os dois se comportavam como primos novamente. Parecia que o problema era quando eu estava perto. 
Jenn: Olhe, meu tio Sebastian está aqui.
Ela disse apontando para um casal de senhores que não deviam ter mais de cinquenta anos. Eles estavam acompanhados de outras três crianças, sendo o mais velho aparentava uns dez anos, enquanto o mais novo não devia ter mais de três. Presumi que, por serem tios de Julien e Jenn, poderiam ser tios de Justin também, o que teve mais força quando as três crianças pularam no colo de Justin. Ele as segurava de um jeito dócil, e as crianças pareciam estar ligadas à ele. Dava pra sentir os olhos dele brilharem.
Jenn: Justin gosta muito de crianças. E as crianças gostam dele.
A imagem era linda, e eu não pude deixar de imaginar ele brincando com nosso filhos. E naquele momento, eu realmente desejei uma criança.
Os sinos tocaram e isso significava que haviam reis à caminho. Meu pai!
Fui para perto de Justin, e agarrei feliz a mão dele. Ele sorriu para mim e meu coração se derreteu. A carruagem chegou, e dentro dela saíram Pattie e Jeremy. Enquanto todos faziam uma saudação aos reis, Justin correu para perto deles. 
Justin: Que saudade de vocês.
Ele disse, dando uma abraço em Jeremy e um longo abraço em Pattie. A outra carruagem não demorou a chegar. A viagem do reino de Bieber demorava cerca de quase um dia. Quem desceu dessa carruagem foram Caitlin, Ryan, Chris, Chaz. Não pude deixar de perceber o sorriso de Jenn. Caitlin veio correndo me abraçar.
Caitlin: Que saudade!
Era bom ver rostos familiares novamente. Apesar de adorar a companhia de Jenn, era muito solitário conhecer apenas Jenn, Justin e Julien num enorme castelo que continha seiscentas pessoas entre pessoas da corte, nobreza, viajantes, diplomatas e servos.
(Seu Nome): Eu também estava! Nem sabe como! Cadê me pai?
Cailtin: Ele não vem.
(Seu Nome): O que houve?
Um ponto de interrogação se formou em minha cabeça. Ele não havia escrito muita coisa na carta e não tinha vindo à festa de Jenn.
Cailtin: Está doente, pegou uma gripe, mas está bem. Só indisposto.
(Seu Nome): Ok, já estava preocupada. Temos tanta coisa pra conversar!
Uma música linda começou a tocar, e Justin veio caminhando em minha direção. Chegou perto de mim, beijou minha mão e fez menção de me tirar pra dançar.
Cailtin: Teremos tempo, eu prometo!
Ela disse sorrindo, assim que Ryan chegou para dançar com ela. Justin me levou até uma parte do grande salão.

E as pessoas nos observavam. Era meio óbvio, éramos os futuros Reis de Brunne e de Bieber, os dois reinos mais poderosos da região. Justin estava realmente lindo. Apesar de tudo o que acontecera, de vermos uma criança que mais ninguém viu, dos atentados, da marca, eu podia dizer que eu estava feliz. Tinha Justin na minha vida. Estávamos casados há cerca de dois meses e em nenhum segundo brigamos feio. Isso porque tínhamos a certeza de que o nosso amor era real, forte e que duraria por muitos anos.
Enquanto nos embalávamos lentamente, apoiei a minha cabeça no ombro dele e pude sentir aquele cheiro inconfundível. Fechei os olhos e me permiti sentir aquela emoção. Era muito bom estar alí.
Justin: Eu amo você.
(Seu Nome): Eu também te amo.
Eu pude sentir que ele sorriu e puxou meu rosto, me dando um leve beijo nos lábios. 
(Seu Nome): Vai me amar amanhã, quando eu estiver velha, com rugas e feia?
Justin: Vou te amar amanhã. - Ele disse e deu um pequeno beijo em meus lábios. - E depois de amanhã. E na semana que vem. E no ano que vem. - E me deu mais um pequeno beijo. - E vou te amar daqui a um ano, dez anos, cem anos. - Mais um beijo. - Vou te amar pela eternidade. Mil anos não serão suficientes para todo o amor que eu tenho a te dar.
Como ele podia falar essas coisas? Como poderiam ser pra mim? Eu tinha muito sorte e sabia disso. E ia me esforçar para que o amor dele não morresse.
Justin: Você não sabe a minha felicidade quando eu acordo e vejo que você está lá. Não sabe como fico maravilhado quando seus olhos brilham quando observa o céu. Não sabe que meu coração para de bater por alguns segundos quando sorri pra mim. Que meu corpo se arrepia quando você me toca, mesmo que brevemente. Que eu amo tua voz. Teu cheiro. Teus olhos. Que eu amo cada parte sua, cada palavra que sai da tua boca, cada olhar, cada segundo ao teu lado. E não te trocaria por toda riqueza do mundo, por nada.
Quando dei por mim, já estava em lágrimas. Eu nunca tive dúvidas de que amava Justin. Mas cada vez que ele dizia essas coisas, eu tinha mais certeza. A música parou e todos nos aplaudiram. Justin sorria pra mim radiante. Ia conversar com Caitlin, mas Pattie me interrompeu no meio do caminho.
Pattie: Querida, posso conversar com você?
Adorava Pattie e ela sempre me tratou bem, já que era amiga da minha mãe. Mas Pattie nunca me chamou para um conversa. Se bem que, agora eu estava casada com o filho dela, e desde o casamento não nos falamos muito porque logo viemos para o castelo de Julien, e ficamos por aqui até agora e já tinha se passado dois meses. Ela me levou para um canto cheio de rosas vermelhas, o que me lembrava de um campo de rosas que ficava na fronteira entre os Reinos de Brunne e Bieber.
Pattie: Como anda seu casamento?
Ufa, a primeira pergunta era fácil.
(Seu Nome): Um sonho.
Pattie: Sabe, nem todos os governantes tem a sorte de escolher quem casar. Eu sou um exemplo. Quando me casei com Jeremy, não o amava e ele não amava a mim.
Aquilo me pegou de surpresa, pois sempre os via muito apaixonados. Será fingimento para salvar o reino?
Pattie: Mas isso mudou com tempo. Mais precisamente quando Justin nasceu. Nos apaixonamos. E isso foi sorte também. A maioria dos Reis e Rainhas, principalmente as Rainhas, passam a vida com quem não amam, em favor do reino.
Não sabia onde ela queria chegar. Mas não iria interrompê-la.
Pattie: Como rainha, muitas vezes você vai ter que aceitar coisas que não gosta, pra proteger seu povo. 
(Seu Nome): Eu sei.
Pattie: Saiba que pode contar comigo. Não estará sozinha.
Pattie respirou fundo e naquele momento eu soube que ela estava incomodada com algo, que eu não sabia o que era, e pelo semblante dela, ela não iria me dizer.
Pattie: E o herdeiro, está a caminho?
Até ela?!
(Seu Nome): Virá quando tiver que vir.
Pattie: Virá logo.
(Seu Nome): Eu espero.
Pattie me deu um sorriso e me deixou observando o campo de rosas. O que Pattie estava me dizendo era óbvio e eu sabia que quando me tornasse Rainha, eu teria mitas provações, mas eu sabia que estava preparada pra isso. É claro que ter o apoio dela, que já fora amiga da minha mãe, e agora era minha sogra, era fundamental e confortante. Enquanto estava envolta em meus pensamentos, nem percebi que Caitlin chegou.
Cailtin: Perdida em pensamentos hein...
(Seu Nome): Estava pensando na conversa que tive com Pattie agora, mas nada importante. E você, como anda os preparativos para o casamento?
Cailtin: Está quase tudo certo. Nos casamos em duas semana. Esperamos você lá.
(Seu Nome): Não perderia por nada, afinal... Eu sou a madrinha. 
Sorri e abracei ela. Nem parece que alguns meses estávamos lutando por nossas vidas e agora estávamos falando em casamento. Mas Cailtin assim que me abraçou, se afastou.
(Seu Nome): Aconteceu alguma coisa?
Cailtin: Eu não sei.
(Seu Nome): O que aconteceu?
Cailtin: Quando toquei você vi um sol e uma lua.
(Seu Nome): E o que isso significa?
Cailtin: O sol é luz, calor. A lua é fria e cinza. Vida e morte. Me dê a sua mão. - Ela pegou minha mão delicadamente. - Não consigo...
(Seu Nome): Não consegue o que?
Cailtin: Não consigo ver teu futuro. É como se... - Ela parou e parecia escolher bem as palavras. - Como se você não tivesse futuro... Não, tudo bem, acho que meus poderes estão falhando porque estou cansada, a viagem foi muito longa...
(Seu Nome): É, pode ser.
Cailtin: Eu vou ir ver Ryan. Nos falamos depois.
Assenti pra ela e continuei a observar as rosas, que tinham um perfume... horrível. Elas ainda tinham o cheiro de rosas, mas estava muito forte.
Justin: Amor, esta bem? Parece pálida.
(Seu Nome): O cheiro dessas rosas é forte demais.
Ele cheirou no ar, assim como faz um cachorrinho e eu ri.
Justin: Está normal. Vem, vamos cantar os parabéns para Jenn.
Estavam todos reunidos em volta da grande mesa redonda, onde havia um bolo enorme muito bem decorado e que parecia delicioso. Todos cantaram os parabéns, e Jenn parecia muito feliz.
Jenn: Eu, princesa do Reino de Winterll, estou muito feliz com a presença de todos vocês. Mas existe alguém aqui que se tornou minha confidente, minha amiga, e por obra do destino, minha prima. É à ela que eu dou o primeiro pedaço do bolo. Viva à Princesa (Seu Nome)!
Todos saudaram viva e Jenn trouxe um prato rosa até mim, me entregou e me deu um longo abraço. Fiquei muito feliz em saber que Jenn me estimava tanto quanto eu estimava ela. Jenn voltou ao bolo e foi servindo os demais convidados. Apesar do bolo estar parecendo apetitoso, meu estômago parecia revirar. Nem percebi quando Pattie chegou perto de mim.
Pattie: Nem tocou no bolo, está ruim?
(Seu Nome): Eu vou comer.
Disse, dando uma garfada. Mas tão logo eu fiz isso, logo eu fiquei enjoada. Pattie percebeu e me levou rapidamente para trás de um arbusto ali perto. Vomitei na frente da Rainha de Brunne. Quando voltei a mim, estava morrendo de vergonha.
Pattie: Não se sinta mal por estar mal.
(Seu Nome): Não sei o que está acontecendo.
Pattie: Enjoo, não quer comer, não consegue sentir o perfume das flores, pele e cabelo diferentes e dá pra perceber uma pequena saliência na sua barriga. Você é a única que não percebeu.
Eu havia entendido o que Pattie dissera. Minha menstruação estava atrasada. E eu estava muito confusa. Um filho? Tudo o que precisávamos. Sabia que Justin seria um bom pai, mas eu seria uma boa mãe? Justin chegou onde estávamos e percebeu o clima estranho.
Justin: Está tudo bem aqui?
Quando vi ele, todas as minhas dúvidas desapareceram. Eu seria a mãe do homem que eu amo.
Pattie: Mais que bem... - Ela disse sorrindo e ele pareceu não entender.
(Seu Nome): Justin, nós teremos um herdeiro.

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Eita, nois, tem um principe ou princesa à caminho!!
Que acham desses avisos de Pattie? E o Rei Austin que não apareceu?  E o que significa essa visão (ou falta de visão) de Cailtin? Como Justin vai receber a notícia do primeiro filho? Muuuuitas coisas estão por vir, recém estamos no início!
Eu tenho que dizer pra vocês que eu fiquei muito feliz quando vi os comentários de vocês. Eu achei que isso aqui estariam abandonado, mas vocês ainda estão aqui. Vocês são incríveis, sério! Deram cor à minha vida. Nem imaginam como me fazem bem (e eu estou quase chorando novamente). E pra agradecer, postei esse capítulo e respondi aos comentários de vocês na postagem anterior.
Espero que tenham aproveitado esse capítulo e fiquem ligadas no próximo: Solitária.
Até a próxima!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Magical Moment II Temp. - Cap. 03/ O Rei Louco


Justin foi comigo à enfermaria para visitar Maria. Ela estava com a cabeça enfaixada e a enfermeira disse que ela estava muito ferida, mas não corria risco de vida. Ela estava com um olhar muito estranho para Maria. Esperei ela sair para comentar com Justin.
(Seu Nome): Viu como ela olha para Maria?
Justin: Parece ter medo dela.
(Seu Nome): Medo do que? Maria sempre foi um amor.
Justin: Eu realmente não sei. – Disse e deu de ombros. 
(Seu Nome): Esse castelo me dá arrepios.
Justin: Eu sei. Vamos, não temos mais nada para fazer aqui. Maria está bem e fora de perigo.
(Seu Nome): Eu sei. E pensar que fui eu quem colocou ela no perigo...
Justin: Ei, ei, ei. – Ele disse, pegando meus ombros. – Você não tem culpa. Você não fez nada disso. Você é só mais uma vítima.
(Seu Nome): Por que todos que são próximos de mim estão em perigo? Isso não é justo. – EU disse e as lagrimas já começavam a rolar.
Justin: Não chore. – Ele disse e me abraçou. – Eu estou aqui e vou proteger você. Eu te amo.
(Seu Nome): Eu também amo você.

Deixamos Maria na enfermaria e subimos para a sala de jantar, onde havia uma recepção formal para o tio de Julien. Estávamos todos sentados e havia um banquete gigantesco para os convidados, mas apesar daquela mistura de cheiros e sabores me deixarem com muita fome, eu não conseguia comer nada.
Richard: Princesa (Seu Nome), notei que não comeu nada do que te oferecemos. A comida não é do seu agrado?
Fiquei confusa com a colocação do tio de Julien.
(seu Nome): Só estou indisposta hoje. Peço perdão.
Richard: Hum, um herdeiro está vindo então?
Justin se afogou com o vinho e olhou para Richard.
Justin: Oi?
Richard: Vocês se casaram há pouco, fiquei sabendo. Sinto muito por tudo que teve que passar, princesa. Mas agora que casaram, é natural que tenham que dar um herdeiro, não?
Justin: Vai vir no tempo certo... Não agora.
Richard: Sinto muito, não quis ser indelicado.
Todos os convidados a mesa nos olhavam com olhares estralados. 
Justin: Bem, irei levar a princesa para o quarto, já que ela não se sente muito bem.
Richard: Tomem um chá primeiro. É nossa bebida principal e pode ajudar.
Justin me olhou com um cara de que eu não precisava beber, mas bebi mesmo assim, e ele acabou bebendo também. Justin se levantou e me estendeu a mão. Eu naturalmente o acompanhei e fomos até o quarto. Ele fechou a porta e deu um suspiro de alívio.
Justin: Finamente sozinhos. 
(Seu Nome): Que dia! – Disse e me joguei na cama.
Justin: Eu sei. – E se jogou do meu lado.
(Seu Nome): Ainda bem que está aqui...
Justin: Bem, na verdade me obrigaram, disseram que era a lua de mel e que era minha obrigação estar presente...
(Seu Nome): Cala a boca, Justin. – E dei um tapa na costela dele e ele fingiu perder o ar.
Justin: Mão pesada.
(seu Nome): Não mais que a sua.
Justin: Como sabe, se eu nunca bati em você?
(Seu Nome): Nem vai.
Justin: Ah não ser que você pedir... – Ele disse e chegou mais perto. 
(seu Nome): Faz tudo o que eu pedir?
Justin: Eu posso ser o que você quiser esta noite.
Ele disse e me deu um beijo longo até perder o ar. Depois me olhou com aqueles belos olhos mel e sorriu. O amor de Justin era palpável e eu era muito sortuda em poder senti-lo e saber que seu amor era meu. E meu amor era dele. Nosso amor transitava entre a alma e vibrava nosso corpo. Aos poucos, a mão dele foi percorrendo meu corpo e eu sentia meus músculos em choque conforme sua mão ia descendo. Justin deitou na cama ao meu lado e eu institivamente subi em cima dele. Ele me beijou ferozmente como se aquele fosse nosso último beijo e eu gostava disso. Nosso amor era pleno.
Justin: Eu quero sentir você...
Sai de cima dele e me posicionei de costas contra ele para que ele pudesse abrir os botões do meu vestido. Mas aí vimos que não estávamos sozinhos no quarto. Havia uma criança no escuro. Nos assustamos e Justin me abraços instintivamente.
Justin: Está perdida?
A criança não disse nada e foi caminhando em direção a janela.
Justin: Ei, está tudo bem?
Ela continuou caminhando e quando chegou perto da janela, parou. Olhou lentamente para a gente e só aí então que falou.
-- A escuridão está chegando.
E então, um segundo depois, antes que eu ou Justin pudéssemos fazer qualquer coisa, ela se jogou da janela.



O castelo acordou alarmado. A corte tinha saído dos quartos. Os guardas foram alertados, mas corpo nenhum havia sido encontrado.
Julien: Vocês tem certeza do que viram? – Estávamos na sala do trono de Julien já. Ele estava com um longo pijama e a cara amassada de sono. Estava dormindo quando entramos correndo em seu quarto avisando que uma criança havia se jogado da janela. Mas por incrível que pareça, não havia corpo.
(Seu Nome): Sim, havia uma criança no nosso quarto e se jogou da nossa janela.
Julien: Teve um dia difícil (Seu Nome). Pode ter sido apenas uma alucinação.
Justin: Mas eu também vi.
Nesse instante o tio de Julien irrompe a sala, também vestido em uma roupa de dormir.
Richard: O que houve? Acordaram todo o castelo. Os nobres estão furiosos, os empregados estão com medo.
Julien: Havia uma criança no quarto deles.
Richard: Impossível, o quarto fica guardado por guardas até mesmo quando eles não estão lá. Não passou ninguém por eles.
(Seu Nome): Nós vimos. Se atirou da nossa janela.
Richard: A guarda foi informada, procuraram no castelo todo. Não há corpo nenhum. Isso deve ser uma alucinação.
Julien: Alucinação?
Richard: Os dois tiveram um dia difícil, é normal.
Justin: Nós sabemos o que nós vimos.
Richard: O que vocês viram não importa. Inclusive, acredito em vocês, até porque não é a primeira vez que isso acontece. Mas não podem sair por aí dizendo que viram fantasmas. Ninguém quer um rei e uma rainha louco.
Justin: Como?
Richard: Esse castelo é assombrado. Os espíritos vagam, dizem coisas estranhas. Mas não podem contar que viram um. Irão achar que são loucos. E um rei louco é um rei inútil.
Justin: Não acredito em fantasmas.
Richard: Ótimo. Então como explica o que acabou de acontecer?




Ótimo. Lua de mel num castelo assombrado. Será que a minha vida nunca seria normal, nunca envolveria algo que não fosse mágico ou sobrenatural? Meu colar de jade brilhou mais verde do que nunca. Não, acho que não. Isso estava atrelado á mim desde meu nascimento.
Justin: Venha dormir.
Nem havia percebido que ainda estava na janela. Justin me esperava na cama com uma cara de sono.
Justin: Precisamos dormir. Amanhã é o aniversário da princesa.
Me aproximei da cama e me sentei ao lado dele.
(Seu Nome): Como você quer que eu pegue no sono quando tem uma criança fantasma no nosso quarto que pula a janela?
Justin: Quer trocar de quarto? Podemos ir dormir lá fora, olhar as estrelas... Ou podemos não dormir se você quiser.
Sorri e me deitei ao lado dele e ele me enrolou com  seus braços, em forma de proteção.
Justin: Enquanto eu estiver aqui, nada vai te acontecer.
E eu acreditava nisso.
Justin: Vem, vamos lá fora.
(Seu Nome): Está maluco? Ninguém pode sair do castelo de madrugada.
Justin: Ninguém vai nos ver.
(Seu Nome): E os guardas?
Justin: Eu conheço o castelo melhor que ninguém. Julien e eu brincávamos por todo o castelo quando criança... 
Ele pegou um livro e uma passagem se estendeu ao lado da lareira.
Justin: E sei todos os caminhos...
Pegamos os cobertores e seguimos pela passagem estreita que dava em uma escadaria, que caía diretamente no gramado do lado de fora do castelo.
Justin se deitou enrolado no seu cobertor sobre a grama e eu me deitei ao seu lado. Juntos ficamos observando as estrelas cintilarem.
Justin: Tá vendo aquela estrela mais bonita?
(Seu Nome): Sim.
Justin: Dei à ela seu nome.


Quando a manhã chegou, tratei logo de ir à enfermaria para visitar Maria. Ela ainda estava muito machucada e parecia estar dormindo. Ela abriu os olhos quando cheguei perto.
(Seu Nome): Maria... Que bom que está aqui...
- Ela ainda não consegue falar. - Disse a enfermeira. - Mas consegue te entender, mexer a cabeça. Logo logo ela estará bem.
(Seu Nome): Maria, eu sinto muito. Se eu soubesse. - E as lágrimas começaram a me encher os olhos. - Nunca teria lhe colocado em perigo.
Ela, com muita dificuldade, pegou a minha mão.
- Ela não culpa você. Agora precisa ir, ela ainda está muito doente.
Em poucos minutos Maria estava dormindo novamente. 
(Seu Nome): O que aconteceu com ela? - Eu tentava dizer entre os soluços.
- Atacaram a carruagem. Assustaram o cavalo com uma cobra, dizem. Os cavalos saíram correndo e sem rumo. O coche se soltou e bateu em uma árvore, virando. Quando eu cheguei lá ela estava muito machucada, mas consciente. Ou melhor, acordada, porque a consciência ela já estava perdendo.
(Seu Nome): Como assim?
- Ela dizia coisas sem nexo, dizia que a morte havia aparecido, que a escuridão estava chegando.
Me arrepiei toda e fiquei sem reação. A escuridão estava chegando. O que isso significava e por que me perseguia? Eu precisava descobrir. Mas não poderia perguntar à enfermeira, ela achava Maria louca e ia achar eu também, e Richard tinha razão. Um rei louco é perigoso.
(Seu Nome): Mais alguma coisa?
- Hum... Sim. - Ela disse com uma cara preocupada. - Eu não sei como, mas um dos machucados possui... forma. - Ela disse e puxou manga do vestido de Maria que ainda dormia. - Um machuca em forma de uma cobra enroscada em uma rosa.
Minha respiração parou e o mundo começou a girar. Era a mesma marca que eu tinha visto queimar no meu pulso quando caí do cavalo e quando encontrei a morte. Quando dei por mim, só havia escuridão.
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Hey, girls, I'm sorry. É que eu estive sem tempo, estou no  último ano da faculdade e as coisas andam bem corridas.
Mas enfim, estou de volta.
Será que (Seu Nome) estão ficando loucos? O castelo é assombrado? Por que a escuridão persegue (Seu Nome)? 
Próximo capítulo: Herdeiro.