Meu quarto nunca
ficava sem ninguém. Hora Pattie me visitava, hora Justin, às vezes Cailtin, às
vezes Príncipe Julien, e até mesmo os criados vinham me prestar melhoras. Era
bom, porque eu me sentia amada, e porque aquelas pessoas se importavam comigo
mesmo sem saber que eu era uma princesa,
o que indicava que elas eram verdadeiras comigo. Eu ainda não levantava da
cama, por medida de saúde. Ouvi batidas na porta. Justin entrou com uma
bandeija na mão.
Justin: Bom dia,
Anna.
Sorri e me levantei
para prestar reverência, mas ele fez um sinal com as mãos.
Justin: Não precisa
me prestar reverência. Você é minha amiga, não minha súdita. – Ele deixou a
bandeija sobre a cama. – Eu trouxe seu café.
Justin era um
príncipe, e como tal, nunca precisou servir ninguém. Mas ele estava alí, me
servindo, pensando que eu era uma pobre camponesa que ele havia encontrado
sozinha na floresta. O que isso significava que eu era alguém para ele.
Justin: Me
desculpe, Anna.
Ele disse, e uma
lágrima desceu pelo rosto dele. Juntei sua bela face com minhas duas mãos,
olhando bem nos olhos dele. Ah, como eu queria dizer está tudo bem, meu amor, eu estou aqui. Mas a voz não voltava. E
talvez ela nunca mais voltaria.
Justin: A culpa é
minha, eu não soube cuidar de você. Na verdade, não sei cuidar de ninguém.
Perdi o grande amor da minha vida e agora quase perdi você. Por favor, por
favor, Anna, me perdoa.
Ele se abraçou a
mim e começou a chorar.
Príncipes não devem chorar, uma vez ele havia
me dito. E então, ele estar naquele estado só deveria significar algo: eu era realmente alguém para ele.
Peguei a rosa,
aproximei do rosto dele e depois sorri. Queria mostrar a ele que estava tudo
bem. E então os olhos dele se iluminaram.
Justin: Anna...
Gostaria de conhecer um lugar hoje a tarde?
Olhei intrigada pra
ele.
Justin: Eu volto
para buscar você mais tarde.
E então saiu porta
a fora rindo. Cailtin entrou nesse momento.
Cailtin: O que deu
nele?
(Seu Nome): Quer me levar para conhecer um lugar.
Caitlin: Que boa
notícia! Ele ficou sentado aqui do seu lado todo o tempo em que você estava
dormindo. Ele gosta de você.
(Seu Nome): Alguma possibilidade de suas visões terem
mudado?
Cailtin: Sinto
muito. Elas continuam as mesmas.
Senti uma pontinha
de dor lá no fundo da minha alma, mas desta vez, não deixei a dor me dominar.
Justin gostava de mim e eu o amava, e se eu sabia de uma coisa é que o amor
sempre vence.
Quando finalmente
me liberaram do repouso, coloquei meu melhor vestido e fui passear pelo
castelo. Eu estava com saudade de andar.
Passei pelos
salões, pelos escritório, sala dos tronos, e cozinhas. Sempre tinha alguém que
me parava. Eu fazia uma reverência a todos eles. Não podia negar, era uma
experiência enriquecedora. Eu estava entre os criados e eles eram legais
comigo. Mais que empregados, agora eu podia ver que eles eram humanos, e como
tal, tinham problemas, famílias e amores. Se um dia eu fosse rainha, lutaria
por eles. Mas, se isso acontecesse. Subi até o último andar do gigante castelo,
onde ficavam os aposentos. Escutei algumas vozes adiante, e entre elas, Justin.
Cheguei mais perto, para chama-lo, mas quando eu escutei do que se tratava,
paralisei.
-- Você deve se
casar, Justin. – Dizia uma voz que só podia ser da Rainha Pattie.
-- Concordo com
ela, Justin. Você sabe, é a lei... –
Disse o Rei Jeremy.
Justin: Eu conheço
a lei. Mãe, pai, vocês sabem que eu ainda tenho tempo.
Pattie: Só mais
seis meses e você completa a idade limite!
Jeremy: Você
precisa de uma noiva.
Justin: Eu já tenho
uma noiva.
Pattie: Que está
morta. Aceite, Justin, aceite que a Princesa (Seu Nome) morreu.
Justin: Ela ainda
está aqui, mãe. Eu posso sentir.
Jeremy: Ela morreu,
Justin. – Ele disse e bateu as mãos na mesa. Pelo tom de Jeremy dava para
perceber que ele estava furioso. – Se você não sabe lidar com a dor de perder
alguém, então não está pronto para ser um rei! Eu vou encontrar uma noiva para
você, e você vai se casar, ou eu deserdo você!
Saí dalí, sem olhar
para trás. Desci todos os degraus sem me importar se estava cansada ou não. A
visão de Cailtin iria se realizar se eu não fizesse algo rápido. Desci até os
jardins do palácio. A neve já tinha derretido bem, e era possível ver os
jardins voltarem a reflorescer.
-- Parece que as
flores acordaram junto com você. – Príncipe Julien disse, saindo de trás de uma
das roseiras do castelo. – Você está linda, Anna.
Eu sorri, e fiz uma
reverência. Ele me entregou uma rosa azul.
Julien: Fico muito
feliz que esteja bem, Anna. Fiquei muito preocupado com você.
Julien era lindo. E
era tão bom comigo. Nos sentamos perto de uma fonte que ficava no meio do
jardim. Ao longe observamos a irmã dele, sempre sozinha e silenciosa. Ele deve
ter percebido que eu estava a observando, porque começou a falar dela.
Julien: Perdemos
nossos pais há muito tempo. Ela não tem ninguém além de mim. Sonha com um
grande amor, mas... Ela é sozinha. Não conversa com ninguém. Eu... eu temo por
ela.
Levantei do lado de
Julien e ele se levantou também. Fiz um sinal para que ele ficasse. Fui até em
direção a ela, e ofereci a rosa azul. Ela se levantou surpresa.
-- É para mim?
Fiz que sim com a
cabeça e ela pegou a rosa.
-- Muita bondade
sua. Ninguém tinha feito isso por mim. Meu nome é Jenn, sou a Princesa de
Winterll.
Fiz uma reverência.
Jenn: Oh, não, por
favor. Você não precisa fazer uma reverência. Eu... eu fico muito feliz pela
rosa. Sei quem é você, Anna. Justin me fala muito de você. Como você deve
saber, somos primos por parte de Pattie. Você conhece Winterll?
Fiz com a cabeça
que não. Enlacei meu braço no dela e começamos a caminhar pelo castelo. Antes,
olhei para trás e pude ver Julien sorrindo.
Depois de termos
passado o dia juntas, e Jenn ter me contado sobre sua vida, encontramos Justin.
Justin: Prima, -
ele disse, fazendo uma reverência. – Você e Anna juntas?
Jenn: Sim, primo. –
Ela disse, devolvendo a reverência. – Anna tem sido uma grande amiga. – E
sorriu.
Justin: Posso
roubá-la de você?
Jenn me deixou a
sós com Justin rindo.
Justin: Nunca vi
Jenn daquele jeito. O que você fez com ela?
Dei de ombros e ele
riu.
Justin: É por isso
que eu gosto de você, Anna.
E me abraçou.
Justin: Deixe-me
perguntar, você gosta de cavalos?
Meus olhos
brilharam. Fiz com a cabeça que sim.
Justin: Quero te
mostrar uma coisa.
Ele pegou minha mão
e me levou para um caminho que eu já conhecia: os estábulos. Era alí que ele me
ensinou a cavalgar. Onde eu caí e fiquei desacordada por sete dias... E ele
ficou todos os sete dias ao meu lado.
Justin: Você sabe
cavalgar? – Ele disse, me tirando dos meus pensamentos e arrumando seu cavalo.
Fiz com a cabeça que sim. – Então, vamos arrumar um cavalo para você.
Nessa hora, um
cavalo começou a relinchar.
Justin: Pégazus,
quieto, amigo. – E ele fez um carinho no fucinho dele.
Pégazus estava alí!
O meu cavalo! Cheguei perto dele e Pégazus se acalmou. Era como se... ele me
reconhecesse.
Justin: Uau, Anna.
Como conseguiu isso?
Dei de ombros, mas
por dentro estava morrendo de felicidade. Pégazus.
Justin: Parece que
achamos seu cavalo.
Justin arrumou Pégazus
e logo já estávamos prontos para sair.
Justin: Incrível
como você consegue controlar Pégazus. Nem o tratador dos cavalos consegue.
Olhei para ele e
ri, sem antes dar uma olhada maliciosa, e saí em disparada.
Justin: Anna,
espera!
E ele se pôs em disparada
atrás de mim, mas demorou um pouco para ele me alcançar. Logo já estávamos no
Jardim de Rosas Vermelhas. Descemos dos cavalos e eu olhei o jardim
maravilhada, estava mais vermelho do que nunca.
Justin: Era aqui
que eu trazia (Seu Nome). E foi daqui que eu tirei a rosa que deixei do lado da
sua cama.
Segui em meio ao
jardim. Então eu vi... Ao longe o Castelo de Brunne se erguia imponente. Um
passo mais e eu estava no Reino de Brunne, no meu reino, e eu iria toma-lo de
volta.
Justin: Anna, temos
que voltar. Aqui é fronteira com o Reino de Brunne e estamos em guerra.
Foi Justin ficar em
silêncio que escutamos som de passos. Justin fez sinal para que voltássemos aos
nossos cavalos. Assim que subimos em nossos cavalos, os soldados de Hayley
apareceram, nos cercando.
Justin desembainhou
a espada e atacou os soldados, que abriram um buraco no círculo.
Justin: Fuja, Anna.
Fiz o que ele
pediu, afinal, eu estava desarmá-la e só iria atrapalhá-lo. Saí cavalgando, mas
quando olhei para trás vi que ele estava cercado demais. Vi que a cela que
tinham colocado havia um pequeno arco. Aquela era a cela de um caçador,
certamente. Peguei o arco e coloquei uma das flechas. Mirei ao longe e consegui
abater três homens, porém, ainda havia dois o cercando e Justin já estava
cercado. Coloquei Pégazus em trote naquela direção. Cheguei perto de um dos
homens que eu havia acertado com as flechas e roubei sua espada. E voltando,
acertei uns os homens.
Justin: Anna, você
não deveria ter voltado. – Ele disse, finalizando o último soldado de Hayley. –
Mas eu te agradeço por ter voltado. Boa mira.
Assim que ele
terminou de falar vimos outros soldados de Hayley a cavalo. Saímos em
disparada.
Justin: Anna, me
siga, eu sei um caminho.
Justin nos levou em
direção a uma floresta. Uma escolha inteligente, uma vez que ele conhecia o
terreno e os soldados de Hayley não. Encontramos uma casinha, uma cabana.
Justin parou.
Justin: Vamos nos
esconder aqui.
A cabana era
pequena e tinha um pequeno estábulo. Escondemos os cavalos lá e entramos na pequena
cabana. Era frio lá e eu comecei a tremer, ele provavelmente percebeu porque me
abraçou. Ficamos juntos esperando o barulho dos cavalos de Hayley passar.
Quando eles passaram, pensei que Justin iria se levantar, mas pelo contrário,
ele permaneceu no mesmo lugar. Fomos nos aproximando e quando eu percebi meus
lábios já estavam nos dele.
Ele se afastou
calmamente.
Justin: (Seu
Nome)...
Ele havia me
reconhecido! Ele finalmente abriu os olhos e toda a certeza nos olhos dele
haviam ido embora...
Justin: Anna!
Desculpa, eu... Eu... Não tenho uma explicação pra te dar. Me perdoe.
Voltei para o
castelo arrasada. Justin me deixou em meus aposentos e depois seguiu para o
dele... Eu não entendo, ele havia me beijado, mas a maldição não havia se
quebrado! Por quê?
Fui procurar
Hayley, talvez ela pudesse me ajudar. Encontrei ela num pequeno saguão com
Ryan. Não era surpresa, até porque desde que eles se conheceram não se
desgrudaram. Encontrei meu colar e a chamei. Ela pediu licença ao Ryan e veio
falar comigo.
Cailtin: O que
aconteceu, princesa?
(Seu Nome): Justin me beijou...
Eu disse, já em
seus braços, aos soluços.
Cailtin: E isso não
é bom?
(Seu Nome): Você não vê? A maldição não se quebrou!
Cailtin: Não
entendo. A lenda diz que só o amor pode quebrar a maldição... Ah não ser que...
(Seu Nome): O que?
Cailtin: Ah não ser
que ele não a ame mais.
E então vi toda a
minha esperança desmoronar... De novo.
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Justin se preocupando com Anna. Julien se preocupando com Anna. Anna se preocupando com Jenn. Caitlin se preocupando com Anna. Meu deus! Justin não consegue se lembrar de (Seu Nome). O tempo de (Seu Nome) está acabando! E agora? Aaah, e a personagem que eu disse volta no próximo capítulo!
Oooi. Desculpa a demora, estava escrevendo o fim da IB...
Siiim, Magical Moment está quase no fim :(
Só quero dizer que amei escrever pra vocês!
Querem uma segunda temporada?
*Comentários respondidos na postagem anterior
*Comentários respondidos na postagem anterior
flor ta perfeita continua logo e por favor faz segunda temporada!!
ResponderExcluirAdorei o flor *---*
ExcluirContinuei, amor!
Sobre a segunda temporada, ainda não sei, mas quem sabe?
continua ta perfeitoo
ResponderExcluire por favor faz segunda tempora
Ana...
No último capítulo irei fazer uma enquete. Quem sabe teremos uma segunda temporada ;)
ExcluirObrigada por acompanhar a IB!
Aaaaaaaaaaah que cap. perfeito <3 ameeeei demais.... :( porque a maldição não se quebrou :/ ? o justin não ama mais a (seu nome)? :( ele não pode se casar com outra :/ E como assim já está no fim? não vc não pode fazer isso com agente :9 essa ib que eu amo muito..... e e logico que eu quero segunda temporada <3
ResponderExcluirBom nem preciso falar que esse cap. ficou perfeito né? continua o mais rápido possível pleaseee!
Posso fazer isso com vocês sim, sou má MUHAHAHAHAHA
ExcluirBrincadeira.
Todas essas perguntas serão repondidas logo, até porque só temos mais 3 capítulos! 3 CAPÍTULOS!
Are you ready?
Ssim...Uma Segunda Temporada...Se vooc puder postar ok?
ResponderExcluirEu posso e quero! Só depende de vocês, meus amores.
ExcluirObrigada por ler <3
acho que sei pq o feitiço não se quebrou, ele ta começando a amar a Anna né? é a única explicação, e como ele não sabe que Anna e (Seu Nome) é a mesma pessoa o feitiço não pode ser quebrado. Agora sim eu não faço a mínima ideia de como a história vai acabar, não imaginava que a história ia se complicar ainda mais rsrsr posta logo, e com segunda temporada só que dessa vez menos sofrida, tô com dó dela, coitada ;)
ResponderExcluirAdoro seus comentários! ver você imaginado o que vai acontecer e tal. É legal ver que você está realmente dentro da IB, e eu espero que você esteja gostando!
ExcluirSe tiver uma segunda temporada, pode ter certeza: ela vai ser sofrida, sabe por que?
Sou uma escritora do mal MUHAHAHA, mas que ama suas leitoras hahahaha
<3 <3
aansiosa para o próximo capítulo
ResponderExcluirAna..
Adorooo deixar as pessoas ansiosas (tô do mal hoje) hahahah brincadeira <3
Excluircontinua
ResponderExcluirAna...
Ana, já disse que gosto de seu nome? hahaha
ExcluirDesculpa se eu demorei, amore. Mas já postei. Um beijo!